ATA DA QUADRAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 09-5-2011.
Aos nove dias do mês de maio do ano de dois mil e
onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Fernanda
Melchionna, João Antonio Dib, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro,
Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença.
Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago
Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria
Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Pedro Ruas,
Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador
Adeli Sell, juntamente com os vereadores Luiz Braz, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 132/10 (Processo nº 2776/10); e pelo vereador Waldir Canal, o
Projeto de Resolução nº 012/11 (Processo nº 1449/11). Também, foi apregoado o
Ofício nº 443/11, do senhor Prefeito, informando que se ausentará do Município
das dezessete horas e dezoito minutos do dia onze de maio do corrente às
dezessete horas e trinta e três minutos do dia doze de maio do corrente, quando
participará de reunião sobre o processo seletivo PAC 2 e apresentação da
proposta do metrô para Porto Alegre, a ser realizada em Brasília - DF. Do
EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos 290911, 290912, 290913,
290914, 290915 e 290916/11, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Ainda, foram apregoados os
Memorandos nos 011 e 042/11, de autoria dos vereadores Airto
Ferronato e Carlos Todeschini, respectivamente, deferidos pela senhora
Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, hoje, no Seminário Sobre Saneamento Básico, às dezenove horas e
trinta minutos, no Município de Criciúma – SC . Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as
Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima
Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava,
Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima Primeira, Trigésima Segunda, Trigésima
Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima Quinta e Trigésima Sexta Sessões
Ordinárias, da Quinta Sessão Extraordinária e da Primeira e Segunda Sessões
Solenes. Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, ao senhor Luciano Fernandes, Presidente da Casa do Artista Riograndense,
que discorreu sobre as dificuldades de manutenção e conservação que atualmente
inviabilizam o pleno funcionamento da Casa do Artista Riograndense. Em
continuidade, a senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do
senhor Paulo Roberto Rossal Guimarães, Presidente do
Conselho Municipal de Cultura, convidando Sua Senhoria a integrar a Mesa dos
trabalhos. A
seguir, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Professor Garcia, Aldacir José
Oliboni, Fernanda Melchionna, Tarciso Flecha Negra, Maristela Maffei e
DJ Cassiá manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais sobre
o tema em debate, aos senhores Luciano Fernandes e Paulo
Roberto Rossal Guimarães. Às quatorze horas e trinta e cinco minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta e seis
minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, o vereador Pedro
Ruas procedeu à entrega, à senhora Presidenta, de Requerimento de sua autoria e
de diversos vereadores, solicitando a aprovação urgente de uma Moção de Apoio e
Solidariedade aos trabalhadores telefônicos terceirizados da OI/RM,
demonstrando o reconhecimento desta Casa à justiça dessa luta, tendo-se
manifestado a respeito os vereadores Pedro Ruas, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Mauro Zacher e
Idenir Cecchim e a vereadora Maristela Maffei e tendo a senhora Presidenta
informado que essa Moção seria encaminhada como um oficio assinado pelo
conjunto dos senhores vereadores. Em seguida, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Nilo
Santos, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Após,
o vereador Aldacir
José Oliboni procedeu à leitura de Carta à População distribuída pelos
trabalhadores terceirizados da empresa Oi no Rio Grande do Sul, tendo-se
manifestado a respeito o vereador Pedro Ruas e tendo a senhora Presidenta
informado que esse documento seria anexado ao Ofício de Moção de Apoio e
Solidariedade a ser encaminhado por este Legislativo a órgãos vinculados às
áreas de trabalho e emprego e de telecomunicações. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores João Antonio Dib e Professor Garcia. Em continuidade, foi
iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a comemorar o aniversário do
Conselho-Geral do Clube de Mães, nos termos do Requerimento nº 010/11 (Processo
nº 1143/11), de autoria do vereador Nilo Santos. Compuseram a Mesa: o vereador
DJ Cassiá, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o deputado
estadual Cassiá Carpes, representando a Assembleia Legislativa do
Estado do Rio Grande do Sul; as senhoras Maria Íris de Oliveira da Rosa e Selma
Werlang, respectivamente Presidenta e Vice-Presidenta do Conselho-Geral do
Clube de Mães; a senhora Luiza Fabris Rosa, Mãe do Ano Rio Grande do Sul; e a
senhora Marlene Sauer, representando a Secretaria Estadual do Trabalho e do
Desenvolvimento Social. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Nilo Santos e Nelcir
Tessaro. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra à senhora Maria
Íris de Oliveira da Rosa, que agradeceu a homenagem prestada por este
Legislativo. Às
quinze horas e vinte e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte e oito minutos, constatada a
existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engenheiro Comassetto, Nelcir Tessaro,
Mauro Pinheiro, este pela oposição, e Luciano Marcantônio. Em COMUNICAÇÕES,
pronunciaram-se os vereadores Mauro Zacher, Reginaldo Pujol, Nilo Santos e
Idenir Cecchim, este em tempo cedido pela vereadora Maristela Maffei. Às
dezesseis horas e dezessete minutos, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado Requerimento de autoria dos
vereadores Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, solicitando renovação de votação
para o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/09 (Processo nº 3628/09), por dezesseis
votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Mauro
Pinheiro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, DJ Cassiá,
Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario
Manfro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol e Não os vereadores Mauro
Pinheiro e Toni Proença. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 025/11
(Processo nº 1536/11), por dezenove votos SIM, em votação nominal solicitada
pelo vereador João Antonio Dib,
tendo votado os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ
Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha
Negra e Toni Proença. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos
de Lei do Executivo nos 062 e 063/10 (Processos nos 4436
e 4441/10, respectivamente). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 180/10 (Processo nº 4167/10). Foi aprovada a
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 180/10. Foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 180/10. Em Votação, esteve o Requerimento nº
008/11 (Processo nº 0977/11), o qual, após ser encaminhado à votação pelos
vereadores Nilo Santos e Haroldo de
Souza , foi retirado da priorização para a Ordem do Dia da presente
Sessão, a Requerimento verbal formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni, aprovado por
quatorze votos SIM, dois votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada pelo vereador Haroldo de
Souza, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Beto
Moesch, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Maria
Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Mauro
Zacher, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os vereadores Luiz Braz
e Nilo Santos e optado pela Abstenção os vereadores Dr. Raul Torelly e João
Antonio Dib. Na ocasião, o vereador DJ Cassiá registrou
sua intenção de votar contrariamente ao Requerimento formulado pelo vereador
Aldacir José Oliboni, de retirada do Requerimento nº 008/11 da priorização para a Ordem do Dia
da presente Sessão. Às dezesseis horas e trinta e sete minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e trinta e
nove minutos, constatada a existência de quórum. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 027/11 (Processo nº 1666/11). Às dezesseis horas e quarenta
minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Na
oportunidade, o vereador Nilo Santos manifestou-se acerca da nominata dos
vereadores para pronunciamento em Grande Expediente. Em GRANDE EXPEDIENTE,
pronunciou-se a vereadora Maristela Maffei. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 037 e
043/11 e 106/10, este discutido pelo vereador Reginaldo Pujol; em 2ª Sessão, o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/11, discutido pelo vereador
Aldacir José Oliboni. Durante a Sessão, os vereadores Mauro Zacher, Reginaldo
Pujol, Nilo Santos, Idenir Cecchim, Engenheiro Comassetto, Maristela Maffei e
Aldacir José Oliboni manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete
horas e quatorze minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a
Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni
Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário
e pela senhora Presidenta.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos à
O Sr. Luciano Fernandes, Presidente da Casa do
Artista Riograndense, está com a palavra, pelo tempo regimental de dez minutos,
para tratar das dificuldades de manutenção e conservação que inviabilizam o
pleno funcionamento da Casa do Artista. Seja muito bem-vindo, Luciano
Fernandes.
O SR. LUCIANO
FERNANDES: Obrigada, Sofia. Gostaria de agradecer pela oportunidade de poder aqui
falar da Casa do Artista. Gostaria também de pedir atenção, estou deixando de
dar aula para 40 crianças carentes lá de Gravataí para estar aqui falando da
Casa do Artista Riograndense.
Eu tenho 35 anos e estou cuidando de uma entidade
que existe desde 1949 e que está completamente abandonada. Essa Casa é
destinada a artistas, atualmente temos oito artistas morando nela. Um deles é o
Zé da Terreira, um cara que contribuiu durante sua vida inteira com atitudes
artísticas nesta Cidade, e o que eu o vejo passar lá naquela Casa é constrangedor.
Então, este é um momento em que a gente está conversando sobre a Casa, mas o
que eu gostaria mesmo é que vocês conhecessem a Casa do Artista, porque, indo
lá, vão entender o que ela significa para nós. O problema que estamos
enfrentando na classe artística não é só com os velhos, temos problemas nas
escolas, porque não há mais a disciplina de artes, perdemos isso desde a
ditadura militar. E a gente também tem uma confusão no Rio Grande do Sul entre
a classe amadora e a classe profissional; o Sindicato está tentando organizar
isso, mas, sozinhos, não conseguimos, nós precisamos de mais força. A Casa do
Artista é o destino de alguns que, ao envelhecerem, vão passar lá seu final de
vida e, ainda assim, enfrentam dificuldades. Eu tenho dificuldades no Conselho
de Cidadania, eu tenho dificuldades de conseguir apoio da Secretaria de Cultura
do Estado. Então, eu gostaria de contar não só com a ajuda, mas também com a
opinião de vocês.
Eu, como um novo artista, já tenho a consciência no
sentido de tentar fazer um resgate com os mais velhos, de se relacionar mais
com eles. No aniversário de 62 anos da Casa, estiveram presentes vários
estudantes da UFRGS que estão a fim de se relacionar mais com essas pessoas.
Nós temos exemplos em outros Estados, como no Rio de Janeiro, em que a Casa do
Artista é muito mais sagrada do que a nossa. Por que a Casa do Rio Grande do
Sul está nessas condições? A gente tem recebido apoio, mas ainda não é o
suficiente. A gente conseguiu o apoio da Susepe, com os apenados, para reformar
a casa; a gente conseguiu um pouco de apoio da FIERGS com material de
construção, mas não é suficiente. A reforma da Casa daria quase 110 mil.
Precisamos de ajuda lá...
(Interrupção realizada pela Presidência.)
O SR. LUCIANO
FERNANDES: Passaram-se os dez minutos, é isso?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Desculpe-me, Luciano, é que eu pedi um pouquinho de
concentração no plenário, tem muita conversa, e o tema que tu trazes é muito
importante. O teu tempo está garantido.
O SR. LUCIANO
FERNANDES: Eu acho que há muitas coisas que a gente tem que mudar aqui na nossa
Cidade, principalmente coisas que eu sinto que a gente já herdou de outras
gerações. A questão da Casa do Artista tem que ser repensada no sentido de
fazer com que ela tenha sustentabilidade. Eu acho que essa seria uma das
grandes possibilidades para que a Casa não precise, a toda hora, buscar
recursos.
Eu deixei aqui - eu queria, na verdade, ter deixado
na mesa de cada um de vocês - uma folha que dá a possibilidade de a
contribuição ser feita por débito em conta, é uma coisa que tem ajudado muito a
Casa, e algumas pessoas já aderiram. Fui orientado de que esta carta ficaria no
correio de vocês. Mesmo assim penso em passar em cada gabinete para falar um
pouco mais sobre a Casa e sobre possíveis articulações para ela. Continuo
frisando que é importante uma visita, para que vocês olhem com os próprios
olhos o que é a Casa, como ela funciona e onde está. Ela fica no bairro Glória,
na Rua Anchieta nº 280; a Casa tem capacidade para quatorze moradores, e tem
oito lá. A nossa proposta é de transformar três quartos, para que fiquem de
hospedagem para alguns grupos de fora, para que tenham um relacionamento melhor
com a classe artística.
Então eu peço ajuda para vocês. Eu acho um absurdo
a gente ter um dos maiores festivais de teatro da América Latina, que é o Porto
Alegre Em Cena, em que se gastam milhões, se investem milhões todo o ano, e, ao
mesmo tempo, a gente ter artistas quase que abandonados lá na Casa do Artista.
Eu não acredito que essa seja uma luta só minha, porque a Casa existe desde
1949. Provavelmente vocês já deveriam ter feito alguma coisa, já deveriam ter
ido conhecer a Casa. Eu falo isso, mas eu estou totalmente aberto para que a
gente converse, para que a gente retome essas questões. Lembro, na última fala
que fiz aqui, que o Flecha Negra chegou a ficar emocionado, porque, assim como
acontece na classe artística, o futebol também enfrenta problemas.
Então, acho que muitas classes, quando ficam mais
velhas, acabam ficando sem possibilidades. Por
isso peço ajuda a vocês, para que se empenhem e até me deem opiniões sobre o
que fazer na Casa do Artista. Uma
das propostas que a gente já encaminhou eu gostaria de retomar aqui - é que as
articulações com os sindicatos dessa área são totalmente importantes: a gente
vai fazer uma reunião com o Sindicato dos Radialistas - já que a Casa foi
fundada por radialistas; na época em que foi fundada, o teatro acontecia no
rádio -, o Sindicato dos Artesãos, o Sindicato dos Artistas e Técnicos de
Espetáculos de Diversões, SATED; o Sindicato dos Músicos e o Sindicato dos
Compositores. Vamos nos reunir nesta semana, para tentarmos fazer alguma
articulação para ajudar a Casa, mas quero dizer que todas as ideias são
bem-vindas.
A minha geração nunca
pôde tomar um banho no Guaíba, por ele estar sujo há mais de vinte anos, e
talvez este seja o problema da Casa do Artista: houve algumas gerações que
optaram por outras coisas, talvez seja mais fácil largar a sujeira no Guaíba do
que tratar, e a Casa do Artista também deve ter passado por essa situação, ou
seja, talvez seja melhor deixar lá, do jeito que está, do que fazer alguma
coisa. Mas está chegando uma nova possibilidade, uma nova vontade de se fazer
coisas, e eu acredito fazer parte dela. Eu vou continuar falando, vou continuar
“enchendo o saco” mesmo sobre isso, porque, às vezes, eu acho que não somos
escutados. A gente fala, mas, às vezes, entra por um ouvido e sai pelo outro. O
que eu tinha para falar era isso; agora depende da atitude de cada um. Eu já
falei um pouco sobre a Casa do Artista, já me coloquei à disposição para que
vocês também possam ajudá-la. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convidamos o
Sr. Luciano Fernandes a fazer parte da Mesa, também o Sr. Paulo Roberto Rossal
Guimarães, Presidente do Conselho Municipal de Cultura. Paulo Roberto, não o
chamei antes porque não havia visto sua ilustre presença na nossa Casa. Todos
são muito bem-vindos à Casa.
Vejo que chega a esta Câmara trabalhadores de
prestadoras de serviços terceirizados de telefonia. (Palmas.) Sabemos que estão
em mobilização, em greve. Hoje pela manhã, na Assembleia Legislativa,
percebemos a presença forte de vocês. Sejam muito bem-vindos a esta Casa. Nós
estamos no momento da Tribuna Popular, tratando da Casa do Artista
Riograndense. Peço aos líderes que verifiquem, enquanto transcorrem os
trabalhos, como poderemos encaminhar a Pauta.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Prezada Presidente; prezado Guimarães, Presidente
do Conselho Municipal de Cultura; prezado Luciano Fernandes, quero, mais uma
vez, registrar que já estiveste duas vezes na Comissão de Educação, Cultura,
Esporte e Juventude e acho que as coisas avançaram um pouco; talvez, não como
tu gostarias. Lembro que, da primeira vez em que estiveste aqui, tu vieste
solicitar que fosse analisada a possibilidade de se reformar a Casa do Artista.
Naquela oportunidade, através da Comissão, o Banco de Dados da Fiergs se prontificou
em doar o material; a Secretaria Municipal da Cultura em doar 10 mil reais; a
Susepe, através de seus apenados, por meio de um convênio, em fazer o trabalho
da reforma. Isso está sendo feito. Sabemos que outras coisas são necessárias,
mas gostaria de registrar que esta Casa se mobilizou para que a reforma pudesse
ser feita. Falo aqui em nome do meu Partido, o PMDB, em nome do nosso Líder,
Ver. Idenir Cecchim, e em nome dos Vereadores Sebastião Melo, Bernardino, Dr.
Raul e Haroldo de Souza. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, eu também quero dar as boas-vindas ao
Luciano e ao Guimarães e dizer que conheço muito bem o trabalho de arte, de
cultura e de teatro. Sei, Luciano, que tu te dedicas muito a essa área, que és
um dos grandes artistas da via-sacra, fazes um trabalho extraordinário, e
muitas vezes temos pouco apoio do Poder Público, como colocaste agora e na
primeira vez em que vieste aqui. Eu gostaria de propor, nobre Presidente, nesta
manifestação da Bancada do PT, que visitássemos a Casa do Artista Riograndense
e criássemos, de fato, condições para que esta Casa possa cooptar recursos
tanto do Poder Municipal como do Estado, porque nós percebemos que a Secretaria
da Cultura do Estado, com o Secretário Assis Brasil, tem um cuidado, um olhar
diferenciado. Vocês trabalham para todo o Estado, Luciano e Guimarães.
Então, é muito importante
que nós, Parlamentares, possamos fazer essa ligação e, se necessário - por que
não? -, aprovemos, na Peça Orçamentária, recursos para determinados programas
que vocês queiram desenvolver ao longo do ano. Uma agenda específica,
institucional, não só ajuda vocês a mostrar para nós o que vocês querem fazer,
mas tenta viabilizar aquilo que vocês querem, o que é muito importante. Nós
percebemos que, na Capital, já é difícil a questão da arte, da cultura, do
teatro - sendo que, no Interior, é muito pior ainda -, mas aqui há muita mão de
obra qualificada, muito profissionalismo, e eu percebo que vocês podem fazer
essa arte acontecer. Então, receba o apoio da Bancada do PT. Eu proponho essa
agenda, para que possamos viabilizar projetos em parceria. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª
Presidente, Verª Sofia; quero cumprimentar o Sr. Luciano e o Sr. Paulo
Guimarães, nosso Presidente do Conselho Municipal de Cultura, e dizer da
importância da Casa do Artista Riograndense, que completa 62 anos. Nós não
podemos nos calar diante do abandono de pessoas que contribuíram com a vida
para a promoção da cultura e da arte no nosso Estado e no nosso Município. Eu
queria encaminhar uma visita coletiva da Câmara à Casa do Artista Riograndense,
em nome da Bancada do PSOL, em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas, e que
sigamos na Comissão de Educação acompanhando as obras que estão sendo
realizadas, fruto da mobilização dos artistas. Peço aos Vereadores, àqueles que
puderem contribuir, que a Casa dos Artistas consiga ser sustentável, no sentido
de garantir o pagamento da luz, o pagamento da manutenção, para que possamos dar
condições dignas a artistas como o Sr. Zé da Terreira, que é conhecidíssimo na
nossa história. Se os Vereadores e as Vereadoras puderem fazer essa
contribuição, será fundamental.
Quero aproveitar, Srª
Presidente, e cumprimentar os trabalhadores da Oi, da terceirizada (Palmas.), e
dizer do apoio do PSOL, meu e do Ver. Pedro Ruas. A pauta é uma vergonha, a
terceirização é uma forma de burlar os direitos trabalhistas, os baixos
salários, o baixo vale-almoço, inclusive em relação à questão da organização desses
trabalhadores, que, como diz a carta, nem sequer podem ter uma CIPA, que é
fundamental para a saúde do trabalhador. Nós gostaríamos de encaminhar uma
reunião da Presidência com cada um dos Partidos da Câmara, com a liderança do
movimento grevista dos trabalhadores terceirizados da telefonia. Quero
registrar neste microfone o meu apoio, o apoio do nosso Líder do PSOL, o Ver.
Pedro Ruas, à causa justa desses trabalhadores. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Srª
Presidente, quero saudar o Luciano e o Secretário Guimarães, em nome da Bancada
do PDT - do nosso Líder Mauro Zacher, do Ver. Luciano Marcantônio e do Ver. Dr.
Thiago Duarte -, e saudar também os funcionários da Oi. Parabéns pela luta! E,
Ver. Alceu Brasinha, mais ainda: parabéns por esse azul maravilhoso que está aí
em cima!
Parabéns, Luciano.
Serei bem breve, Luciano, porque acho que o Governo e todos nós, na Câmara,
estamos sendo muito sensíveis à cultura. A cultura está junto a tudo: ao
esporte, à educação; sem ela, não vai existir um país de Primeiro Mundo, não
vai existir aquele país que queremos para os nossos filhos, para os nossos
netos. Quero agradecer e pedir encarecidamente aos 35 Vereadores: vamos ajudar,
porque a cultura faz parte da nossa vida. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Srª
Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, Sr. Luciano; Sr. Paulo Guimarães, Presidente do
Conselho Municipal de Cultura; é uma alegria recebê-los, mas, ao mesmo tempo, é
uma tristeza receber a nossa Casa do Artista em função desse tema. A que ponto
chegou a nossa Casa do Artista! Ter que vir aqui socializar aquilo que deveria
ser absolutamente natural. É inaceitável que os nossos maiores organizadores
conceituais, esses formadores de opinião, estejam passando por isso, é algo que
deveria transcender qualquer discussão. Mas saibam que vocês têm aqui a
solidariedade do PCdoB. Nós queremos nos agregar a essa luta, como formadores
de opinião que somos, e divulgar para a sociedade o que está acontecendo.
Queremos também propor, junto à Deputada Federal Manuela d’Ávila, coordenadora
da Bancada Federal Gaúcha, que todos os Partidos estejam juntos na busca de
alternativas para a solução desse problema.
Por último, Srª
Presidente, quero dizer que recebemos aqui todos os trabalhadores e as
trabalhadoras da empresa Oi, cidadãos que passam por este momento difícil, em
que apenas alguns estão ganhando muito - porque falam outras línguas que não a
nossa -, e aqui os trabalhadores passando por todas essas dificuldades. Nós estamos
indignados, e o PCdoB se soma a este momento de luta dos trabalhadores da Oi.
Contem conosco! (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ
Cassiá está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DJ CASSIÁ: Luciano Guimarães,
grande parceiro, falo aqui em nome da Bancada do PTB - dos Vereadores Elói
Guimarães, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Alceu Brasinha. Ora, Luciano, quero
dizer para você e repetir mais algumas vezes ao Guimarães que é lamentável nós
vivermos num País onde a cultura popular, que é a maioria, infelizmente não tem
investimento, e também não há, de forma alguma, um planejamento. Veja bem,
Luciano, você vê alguma placa de uma das maiores arrecadadoras de impostos, que
é a Petrobras, patrocinando algum evento cultural popular? Não, infelizmente
nós não vemos, Guimarães! Isso precisa ser mudado, porque a cultura faz parte
da prevenção tanto do jovem como do idoso neste País, mas, infelizmente,
Luciano, isso é desconhecido pelos Governos. A nossa Bancada é solidária à
cultura. Estamos “juntos e misturados”.
Quero dizer aqui aos
funcionários da Oi: contem com a nossa Bancada, com a Bancada do PTB, somos
solidários a vocês. Estamos “juntos e misturados”. Contem com a gente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Luciano
Fernandes está com a palavra, para as considerações finais.
O SR. LUCIANO FERNANDES: Na verdade, eu
tenho consciência de todas essas coisas, nasci de um Projeto de
descentralização em 1994 - quer dizer, nasci de um Projeto de descentralização
da cultura e hoje estou aqui lutando quase que politicamente também. Discordo
um pouco dos apoios em relação à questão da Petrobras, porque ela apoia a
Terreira da Tribo, que é um grupo que tem mais de 30 anos aqui, e o Sérgio
Mamberti, Presidente da Funarte, no ano passado, foi visitar pessoalmente a
Casa. Então, acho que há alguma consciência, mas falta um pouco mais de
articulação.
Ainda peço ajuda no
sentido de que, perante o Município, haja essa aprovação dos dez mil reais,
porque eu já entreguei todos os documentos para o Sérgio Mamberti, para o
Sergius Gonzaga e para a Ana Fagundes, e eles falaram que agora é uma questão
política. Essa foi a resposta que me deram. Então, nós temos que nos articular
para que essas coisas aconteçam. Esta semana, falaram para mim: “A arte é o
óleo da engrenagem desse sistema”. Não adianta a gente ficar só trabalhando, só
trabalhando, e não assistir a uma boa peça, a um bom teatro, não assistir a
algum tipo de arte. Isso faz que a nossa alma rejuvenesça. Então, peço atenção
para essas questões, porque vou continuar lutando até que melhore essa situação
dos velhinhos lá na Casa do Artista. Falarei com vocês mais tarde. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Paulo
Guimarães, Presidente do Conselho Municipal de Cultura, está com a palavra.
O SR. PAULO GUIMARÃES: Obrigado, Presidente
Sofia e nobres Vereadores; boa-tarde a todos os presentes. É muito importante
estarmos aqui mais uma vez: o Conselho, representando a sociedade, ombreado com
a Casa do Artista. Não é a primeira vez que vimos a esta Casa; viemos, muitas
vezes, na CECE. Sempre contamos com o apoio dos Vereadores. Contamos com os
Vereadores, a Secretaria Municipal da Cultura, mesmo o Governo do Estado,
mandando os apenados para fazer a mão de obra, mas o que nós precisamos é uma
intensificação, porque o que está sendo feito é muito pouco. Precisamos pensar
em uma solução definitiva no sentido de dar à Casa uma sustentação que seja
continuada. Aí, nós estamos torcendo, como foi falado aqui, que os pequenos
possam ter as verbas das grandes empresas. Por exemplo, que saia logo o
Programa Conta Cultura RS, para que, com isso, possamos ter oportunidade de
encaminhar projetos que não sejam de interesse comercial. Peço aos nobres
Vereadores que contatem com os seus Deputados, isso é o que está faltando. Da
parte dos Deputados, a Casa do Artista é Casa do Artista Riograndense, mas não
temos visto, em nível estadual, movimentações e ações no sentido de ajudar a
Casa! Precisamos da ajuda dos Deputados, não só dos Vereadores de Porto Alegre;
a Casa do Artista é do Rio Grande. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Para encerrar, acolhemos aqui as demandas: em
primeiro lugar, a Casa do Artista Riograndense já encaminhou todos os planos de
investimento, plano de ação para dez mil reais, que já foram empenhados, só
falta a liberação por parte do Governo. Imediatamente, esta Câmara vai se
manifestar ao Prefeito Municipal sobre esse tema, Luciano. Em segundo lugar,
acolhemos a proposta de vários Vereadores para agendarmos uma visita da Câmara,
reforçando as ações da Comissão de Educação, que já atendeu, já acolheu a Casa
duas vezes - Ver. Professor Garcia, sou testemunha - e ajudou a agilizar as
obras que hoje ocorrem na Casa. A Câmara de Vereadores vai fazer uma visita,
estou registrando aqui, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
Ver. DJ Cassiá, que todos os Vereadores serão convidados. E fica o estímulo
para assinar o desconto em folha de um valor pequeno, mínimo. A Casa do Artista
tem dificuldade de pagar luz e água mensalmente. São sete, dez reais, Luciano?
O SR. LUCIANO
FERNANDES: Com o débito em conta de dez reais já se pode
ajudar mensalmente a Casa do Artista, isso contribui para o pagamento da
limpeza, da água, de todas essas questões.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Então, é um
desconto em folha simbólico, mas muito importante, que garante o gás, a água, a
luz. De fato, nós temos que avançar para uma manutenção mensal e continuada dos
governos para a Casa do Artista, um convênio. Essa é uma luta que nós devemos,
na minha opinião, organizar nesse sentido. Um valor pequeno, mensal, já daria
estabilidade à Casa do Artista, e o resto a Diretoria e os artistas vão buscar.
Então, parabéns, Luciano, que é um grande exemplo, um jovem artista trabalhando
pelos artistas idosos. É emocionante, Luciano, esta Casa tem que reconhecer a
tua luta, estás revitalizando e honrando a cultura desta Cidade, deste Estado,
não é, Guimarães?
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os
trabalhos às 14h35min.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h36min): Estão reabertos os trabalhos.
Vejo que uma Comissão
de Líderes está tratando do tema dos terceirizados da telefonia.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente Sofia
Cavedon, nós, Vereadores, estamos apresentando uma Moção de Solidariedade, que
diz o seguinte (Lê.): “Os Vereadores abaixo assinados requerem a aprovação
urgente de uma Moção de Apoio e Solidariedade aos trabalhadores telefônicos
terceirizados da Oi/RM, demonstrando o reconhecimento desta Casa à justiça
dessa luta. Porto Alegre, 09 de maio de 2011.” Assinam os Vereadores: Pedro
Ruas, este que lhes fala, do PSOL; Mauro Pinheiro, do PT; Maristela Maffei, do
PCdoB; Fernanda Melchionna, do PSOL; Engenheiro Comassetto, do PT; Dr. Raul, do
PMDB; Idenir Cecchim, do PMDB; Haroldo de Souza, do PMDB; Mauro Zacher, do PDT;
Nilo Santos, do PTB; DJ Cassiá, do PTB; Elói Guimarães, do PTB; Nelcir Tessaro,
do PTB; Toni Proença, do PPS; Professor Garcia, do PMDB; Aldacir Oliboni, do
PT; João Dib, do PP; Luiz Braz, do PSDB; Tarciso Flecha Negra, do PDT;
Alceu Brasinha, do PTB, e, evidentemente, V. Exª, Presidente Sofia Cavedon.
Então, entrego-lhe a Moção neste momento e saúdo, em nome de todos os
Vereadores da Casa, a luta dos trabalhadores telefônicos terceirizados da
Oi/RM. (Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Consultando o conjunto dos Líderes e os que se
manifestaram na tribuna hoje, já vi que temos uma unanimidade no apoio. Nós
queremos nos manifestar à Direção da Oi, para que evolua nas negociações. Se
votarmos, teremos que o fazer na quarta-feira; pergunto se posso incluir na
quarta-feira. Vereador Dib, escuto a sugestão de Vossa Excelência.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, havendo o apoio de todos os Vereadores, não há o que
votar. Está aprovado. (Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Então não será uma Moção votada, será um Ofício,
assinado pelo conjunto dos Vereadores. Eu vou solicitar à DL que transcreva o
Ofício para nós, passaremos durante a tarde, e a Comissão de Vereadores
agendará uma conversa com a Direção da Oi.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Presidente Sofia, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, e
todos os trabalhadores, estive conversando com a representação dos
trabalhadores da Oi, o Sr. Gilnei, que nos solicita que os Líderes de todos os
Partidos, junto com a Mesa, recebam uma comissão da Oi para que esta Câmara
possa, junto com eles, ajudar a buscar uma solução para o problema da
terceirizada da Oi.
O SR. NILO
SANTOS: Srª Presidente, tendo em vista a sugestão do Ver. João Dib - e me
parece desnecessário nós votarmos -, eu quero aqui, em meu nome e em nome dos
Vereadores Nelcir Tessaro, Brasinha, DJ Cassiá, Elói Guimarães, manifestar a
nossa solidariedade também aos trabalhadores da terceirizada. Nós os apoiamos e
nos empenharemos para que seja resolvida, de forma imediata, essa questão.
Obrigado. (Palmas.)
O SR. MAURO
ZACHER: Srª Presidente, nós, da Bancada do PDT, também estamos solidários com a
reivindicação e com a luta dos trabalhadores que hoje estão aqui presentes.
Também assinamos a Moção e queremos colocar a nossa Bancada à disposição para
que encaminhamentos sejam feitos; que as demandas e as reivindicações sejam
encaminhadas e conquistadas. Contem com a Bancada do PDT. (Palmas.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª Presidente, eu acho que a Oi já cobrou essa conta antecipada de
todos os clientes. Só falta repassar o que eles têm direito! (Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Encerrando o tema da Oi, nós, sem prejuízo para o
Plenário, vamos receber uma comissão para entender melhor os detalhes. Mas
sintam-se, senhores e senhoras, acolhidos. O Ofício está sendo escrito, e ele
será assinado e encaminhado à Direção da Oi. A nossa TVCâmara está filmando a
presença de vocês e a força dessa mobilização. O nosso site também terá o compromisso da Câmara e a foto dos senhores e
das senhoras. (Palmas.) Certamente vocês prestigiam esta Casa com as suas
presenças.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, em nome da Bancada do PCdoB, da
Bancada do PSOL e, com certeza, da Bancada do PT - porque já havíamos
conversado com Vossa Excelência -, estamos solicitando, junto à CUTHAB, ao Presidente
Pedro Ruas, logo após atendermos os trabalhadores da Oi, que seja recebida uma
comissão da comunidade do Chocolatão, porque está para ser feita, no dia 12, a
mudança dessas famílias que moram ali. E são vários os problemas que a
comunidade está enfrentando: por exemplo, ainda não foi terminada a creche e há
o problema com o galpão, então estamos sugerindo uma reunião extraordinária da
CUTHAB. Eu acredito que V. Exª também vai querer se
fazer presente, será logo após o recebimento dos trabalhadores da Oi. Gostaria
de solicitar o seu deferimento.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com certeza,
Verª Maristela; representantes da comunidade têm procurado esta Casa nesse
sentido.
O SR. NILO SANTOS (Requerimento): Srª Presidente, gostaria de solicitar a inversão da ordem dos
trabalhos, resguardando as falas do Ver. João Dib e do Ver. Professor Garcia,
conforme o combinado na reunião de hoje de manhã.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento do Ver. Nilo Santos, que solicita a antecipação do período de
Comunicações. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, nós, que acompanhamos a manifestação dos trabalhadores da Sinttel,
percebemos que eles distribuíram à população uma carta, que não foi lida ainda.
Gostaria de lê-la neste momento, para que conste nos autos desta Sessão (Lê.):
“Sinttel, Sindicato dos Telefônicos/RS. Carta à População. Os trabalhadores
telefônicos terceirizados da Oi/RM vêm sofrendo ao longo dos últimos anos um
processo de precarização tanto nas condições de trabalho como nas condições
salariais. Tal situação hoje chega a ponto de ficar insustentável e até
dramática, ferindo a dignidade e colocando em risco a própria integridade física
do trabalhador. Resulta que o telefônico gaúcho não tem as mínimas condições de
prestar um serviço adequado à sociedade, devido às condições precárias impostas
pelo modelo da terceirização. O descaso é tão grande, que hoje a empresa
contratada da Oi, a RM, com sede em Fortaleza, chega a ponto de não ter uma
CIPA constituída, o que é primordial para a segurança dos trabalhadores. Também
descumpre normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. A
exploração é tanta, que não pagam aos seus trabalhadores nem a metade do
vale-almoço que a Oi paga aos seus funcionários. Enfim, sociedade gaúcha, nós,
trabalhadores telefônicos terceirizados, contamos com o teu apoio neste
movimento, que é justo e que só quer o melhor para os usuários dos serviços de
telecomunicações e também para nós, trabalhadores telefônicos do RS.
Trabalhadores Terceirizados da Oi no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, abril de
2011.” (Palmas.)
O SR. PEDRO
RUAS: Presidente, eu falei agora com a Direção do Sindicato e Associação dos
Trabalhadores, e, como já tivemos a aprovação, sugerida pelo Ver. João Dib,
neste ato, daquela Moção de Apoio e Solidariedade que todos nós Vereadores
apresentamos, eles me pedem que a Moção seja dirigida ao Ministério Público do
Trabalho - é fundamental para eles por causa das negociações -, ao Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região, à Anatel, à Oi, ao Ministério das
Comunicações e ao Ministério do Trabalho. Eu posso entregar ao nosso Diretor
Legislativo esta relação; peço que conste também o nome do Ver. Mario Fraga,
que me fez o pedido agora. Obrigado, Presidente. (Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereadores, eu sugiro que se inclua no Ofício o
texto do manifesto lido pelo Ver. Oliboni, para dar mais consistência e
contundência ao documento que a Câmara estará encaminhando a todos esses
órgãos. De fato, a terceirização é uma forma de burlar direitos trabalhistas, e
todos vocês são penalizados, como muitos a que a gente assiste. E isso tem que
ser superado. (Palmas.) Ver. DJ Cassiá, eu solicito que Vossa Excelência, como
Vice-Presidente, conduza o próximo momento, para eu poder acompanhar a comissão
de Vereadores que irá receber os trabalhadores.
(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, meu caro Álvaro Copetti, representando aqui o Clube de Regatas
Guaíba-Porto Alegre. Em nome do PP, do PPS - e o Ver. Toni Proença já foi
remador do GPA -, do Partido dos Trabalhadores, do Democratas e do PSDB, hoje
quero fazer uma homenagem aos 75 anos de um barco de regatas.
(Lê.) “Em 1936, Porto Alegre tinha 230 mil habitantes. Era uma cidade pacata, organizada e muito voltada
para o rio Guaíba, que depois passou a ser chamado de estuário ou delta do
Guaíba, hoje se chama lago Guaíba, para tristeza minha. A vocação da Cidade
para o seu rio e para o porto era evidente. Tudo transitava pelo rio, pois inúmeras
localidades do Rio Grande eram conectadas à Capital através das vias fluviais e
lacustres. O transporte ferroviário começava a construir a sua importância para
o desenvolvimento da Cidade e do Estado. Pela estação ferroviária central, na
Rua da Conceição com Rua Voluntários da Pátria, milhares de migrantes chegariam
para formar a futura metrópole. Na Rua Voluntários da Pátria, nome dado ao
Caminho Novo para homenagear os voluntários brasileiros que foram à Guerra do
Paraguai, existiam dezenas de empresas comerciais e industriais, grande parte
com trapiches de madeira voltados para o rio Guaíba, onde embarcavam
mercadorias para o Interior e para outras regiões do Brasil.
“A paisagem mais
destacada nesta região do futuro 4º Distrito de Porto Alegre eram as dezenas de
grandes chaminés de alvenaria que diariamente expeliam fumaça de suas
caldeiras. Quem chegava a Porto Alegre pelo rio Guaíba observava num instante a
Igreja das Dores, a Praça da Harmonia, o prédio da Força e Luz, os prédios
públicos no Centro da cidade e as famosas chaminés com longas espirais de
fumaça. Ainda hoje, quem se desloca pelos bairros Navegantes, São Geraldo e
Farrapos ainda encontra algumas dessas famosas chaminés, que por muitos anos
marcaram a paisagem de Porto Alegre. O 4º Distrito era um local de muito
trabalho, de grande produção e dava à Cidade um aspecto de cidade industrial
inglesa. Na Rua Voluntários da Pátria, localizavam-se os clubes de remo de
Porto Alegre, e estes dividiam aquela artéria com os trilhos do trem que adentrava
a Cidade pelo bairro dos Navegantes. Na frente da Rua Edu Chaves se encontrava
o Clube de Regatas Guaíba, que depois faria fusão com o Clube de Regatas Porto
Alegre, este fundado em 1888, dando origem ao atual Clube de Regatas
Guaíba-Porto Alegre, mais conhecido pela sigla GPA. Ali, naquele ano de 1936,
um grupo de associados do então Clube de Regatas Guaíba resolveu batizar um
barco, de seis remadores, com o nome Júpiter - o principal deus na mitologia
greco-romana. Desejavam remar aos domingos, de forma recreativa e fazer um café
de chaleira numa das inúmeras ilhas do Guaíba, ilhas que naquela época eram
quase totalmente desabitadas.
“Pois a iniciativa
daqueles esportistas, a partir de 10 de maio de
1936, completa, amanhã, 75 anos de atividades ininterruptas. Faleceram os
pioneiros, mas gerações e gerações de remadores do GPA têm levado adiante o
ideal de remar por companheirismo e para melhor aprimorar o condicionamento
físico. Dezenas de remadores já remaram no Júpiter desde 1936, e as guarnições se
formam até hoje por um único critério: ser remador veterano ou desejar ser
remador, desde que tenha mais de 50 ou 60 anos de idade. Todos sempre foram bem
recebidos, desde que o espírito do Júpiter - de lazer e amizade - seja
compreendido pelos novatos. Novatos no sentido de recém-ingresso no Júpiter,
pois a meia-idade é o polo de atração para este barco”.
Eu peço um pouquinho
mais de tempo, Presidente, para poder concluir. Sigo (Lê.): “Em 1976, a revista
italiana Canottagio, dedicada somente ao esporte do remo, reconheceu que a
guarnição do Júpiter era formada pelo grupo mais velho de remadores do mundo. E
esta tradição de velhos remadores persiste até hoje, quando completa 75 anos. A
guarnição original, de 1936, era constituída pelos remadores Walter Stosch,
Germano Wetter, Carlos Endler, Cristiano Bohrer, Oscar Heller, Kurt Wetter e
Edgar Barth. Atualmente a guarnição é composta pelos remadores Germano Adolfo
Paulo Schultz, Adalírio Holderbaum, Willy Waldemar Rubensan, Henrique Lederer,
Anastácio Pinto Ferreira, Carlos Júlio Sauressig, Juarez Przybylski e Audelino
Cláudio Bonelli. Estão na reserva os remadores Damon Pinheiro Michalski, Clóvis
Soares de Oliveira e Álvaro Danúbio Copetti.
“A sede do GPA foi
transferida em 1958 para o cais Marcílio Dias, nos Navegantes, mas a tradição
se manteve, e, em todos os domingos, sai, às 7 horas da manhã, o barco Júpiter
para o seu trajeto - agora definido: até a Ilha do Oliveira, quase na foz do
Rio dos Sinos, para ali fazer o seu tradicional café de chaleira. De 1936 até
2011 o Júpiter, provavelmente, desatracou da rampa do GPA para uma das ilhas do
Guaíba mais de 3.900 vezes, pois só não há saída em dias de fortes chuvas ou
ventos que impeçam a navegação. Ser titular da guarnição Júpiter é ambição de
muitos, mas somente sete são os escolhidos. Essa escolha não é formal, nem
sequer segue regras ou regulamentos estritos. Em 75 anos, o Júpiter não
precisou de normas escritas, vive com os costumes e com o bom senso dos seus
coordenadores. A harmonia tem sido a regra máxima. Desta forma, os titulares
que dão continuidade ao Júpiter assumem, de maneira natural, as suas posições
no barco. Durante décadas, os autointitulados ‘mulas’ foram os únicos
integrantes efetivos da guarnição, porém, aos poucos, outros remadores do GPA
foram admitidos ao barco-símbolo.
“Vivem os remadores deste barco, todos os domingos,
pela manhã, em contato direto com a natureza, protegida por Júpiter. O barco já
enfrentou temporais, atravessou nevoeiros, sofreu naufrágios e algumas
colisões, sem danos graves. Sempre esteve sob proteção. Não poucas vezes
navegou sob ventos fortes, tempestades e raios. Desafiou dias que se
transformaram em noites e, sem bússola, encontrou caminhos envoltos em
nevoeiro. Júpiter, cujo nome está na proa, não deixou de protegê-lo. O patrono
não faltou aos humanos e ao barco que homenageia o seu nome.
“Porto Alegre tem muitas tradições e uma história
muito rica. O esporte do remo talvez seja um dos mais antigos praticados na
Capital, ao lado da ginástica e do balonismo, mas o remo se manteve durante
várias décadas como o mais valorizado e mais concorrido pelo público. As
regatas no Guaíba atraíam multidões para suas margens, em especial, na famosa
raia dos Navegantes. O Júpiter é a continuação dessa gloriosa história dos esportes
em Porto Alegre. Estão sendo completados 75 anos de atividades ininterruptas.
Notem bem: 75 anos sem nenhuma paralisação! A cidade de Porto Alegre se
rejubila quando uma tradição de tantos anos é preservada. Aqui estão presentes
vários remadores do barco Júpiter, do GPA, aos quais apresento, em meu nome, em
nome dos Partidos que citei e da própria Câmara, os nossos mais sinceros
agradecimentos pela constante manutenção deste patrimônio do esporte
rio-grandense, que é a guarnição Júpiter. Parabéns, e que esta tradição se
torne mais do que centenária, orgulhando a população da Cidade. E eu digo isso
como vascaíno que sou”. Saúde e PAZ! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Quero saudar a presença do nosso Deputado Estadual
Cassiá Carpes: seja bem-vindo a esta Casa, com a qual o senhor muito contribuiu
e continua contribuindo. Quando iniciarmos a homenagem ao Clube de Mães, o
senhor será chamado a fazer parte da Mesa. Seja bem-vindo, Deputado Cassiá
Carpes. (Palmas.)
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Prezado Ver. DJ Cassiá, prezados Vereadores e
Vereadoras, senhoras e senhores; eu quero agradecer ao Ver. Idenir Cecchim,
nosso Líder, que cedeu o tempo para que nós pudéssemos, juntamente com o Ver.
João Antonio Dib, saudar o Clube de Regatas Guaíba-Porto Alegre. Falo em meu
nome, em nome do Ver. Cecchim, em nome dos Vereadores Sebastião Melo, Haroldo
de Souza, Dr. Raul e Bernardino Vendruscolo. O Ver. João Antonio Dib já fez uma
larga exposição do GPA, mas quero dizer, Vereador, que, como professor de
Educação Física e Vereador, sei da tradição do remo no Rio Grande do Sul,
principalmente do GPA, que atinge 120 anos de dedicação ao remo e a outros
esportes com o mesmo entusiasmo, desde a sua fundação.
Era ainda tempo do Império, a
escravidão fora abolida há alguns meses, e Porto Alegre, naquela época, tinha
somente 50 mil habitantes, e não 1 milhão, 409 mil, como tem hoje. Em 21 de
novembro de 1888, um grupo de jovens germânicos criou a estrela precursora,
fundando o Ruder-Club Porto Alegre, liderado por Alberto Bins. Uniram-se para
praticar o remo nos moldes da Alemanha, tendo, entre seus grandes atletas,
remadores campeões brasileiros, sul-americanos e alguns que participaram,
inclusive, de Olimpíadas. O Vereador falou sobre o barco Júpiter, que é um
barco com seis remadores, utilizado há 75 anos. E o GPA reconquistou o seu
espaço no cenário estadual. Entre outras conquistas, o Clube foi o vencedor de
várias regatas estaduais e, em 2007, conquistou o título geral do Encontro
Sul-Americano de Remo de Master em
Mar del Plata, na Argentina, e, em 2008, em Valparaíso. Conquistou, também,
medalhas de ouro, prata e bronze nas edições de 2007 e 2008 do Troféu Brasil de
Remo Unificado, em São Paulo.
Queremos fazer uma rápida
abordagem sobre o fato de, em todas as modalidades esportivas, hoje o
campeonato de master ser algo
impressionante no nosso mundo. O campeonato de master de natação, o último campeonato mundial, teve mais de onze
mil participantes. Porto Alegre vai ser sede, em 2013, do Campeonato Mundial de
Atletismo, estamos esperando oito mil atletas. Quem sabe o remo não se mobiliza
e consiga fazer, senão um mundial, um campeonato sul-americano de master aqui? Eu tenho certeza de que o
GPA poderia, junto com os outros clubes, mobilizar-se para isso.
Quero também falar um pouco, Ver.
Dib, aos nossos amigos do Clube e, fazendo uma saudação ao Álvaro Copetti,
saúdo todos os membros aqui presentes. A ilha, como é chamada, é a Ilha do
Oliveira, foi adquirida na década 1950, possui o formato do Zepelim - pouca
gente sabe disso -, é constituída por 12,5 hectares. Hoje, apesar de ser,
eventualmente, invadida por pescadores e caçadores, a ilha possui locais de
rara beleza ainda nativa e selvagem. Porém um grupo de associados tem feito
plantios periódicos de mudas nativas e frutíferas.
Também quero falar um pouco do
Projeto Estrela Guia, que é um projeto de construção da cidadania através do
esporte, do GPA. A partir de 2007, o projeto de formação e iniciação passou a
contar com 50 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Lions Club
Farrapos e, depois, em 2009, com mais 71 participantes dos colégios estaduais
Cândido Godoy e 1º de Maio. Hoje, através da Lei do Proesporte, conta com o
apoio da Stemac, Máquinas Condor, Artmed, Anchieta, Empresa Porto Alegrense de
Vigilância, Quality, entre outros.
Quero, então, em nome do nosso
Partido, o PMDB, saudar o Clube de Regatas Guaíba-Porto Alegre pelos seus 120
anos e desejar que este encontro que o barco Júpiter permite - um café
dominical lá na ilha, a três quilômetros - possa continuar por muitos e muitos
anos. Que os senhores sejam sempre motivadores e incentivadores do desporto,
principalmente dessa questão do desporto master,
que, a cada dia, volto a dizer, está crescendo. Parabéns ao GPA, Ver. Dib;
parabéns pela oportunidade de nós estarmos, hoje, confraternizando os 120 anos
do Clube! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. MAURO
ZACHER: Sr. Presidente Cassiá, permita-me: nós fizemos um acordo de Liderança,
porque temos mais uma homenagem logo após, será ao Clube de Mães, que está aqui
presente, por proposição do Ver. Nilo. Então, quero fazer aqui uma saudação
muito especial ao GPA; este Vereador, aqui do 4º Distrito, não poderia deixar
de relembrar a história e a importância que os nossos clubes tiveram na criação
do nosso Bairro, que é a entrada e a saída da Cidade, e como foi forte a
presença dos nossos clubes. Também gostaria de homenagear, de uma maneira muito
especial, o meu amigo Adalírio, que eu chamo de Jacó. Sempre que posso, vou ao
seu mercado.
Deixo o meu abraço, em nome da minha Bancada;
parabéns pelos 75 anos, é uma justa homenagem que aqui está sendo feita,
proposta pelo Ver. João Dib e pelo Ver. Garcia. Sejam sempre muito bem
recebidos por esta Casa, que relembrou, através desta homenagem, a história
brilhante do Clube e o seu papel na criação e no desenvolvimento da Cidade.
Parabéns! Que nós possamos estar comemorando aqui, muitas e muitas vezes, o
aniversário do GPA. Muito obrigado pela presença de vocês.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Passamos às
Hoje este período é destinado a assinalar o
transcurso do aniversário do Conselho-Geral do Clube de Mães, nos termos do
Requerimento nº 010/11, de autoria do Ver. Nilo Santos, Processo nº 1143/11.
Convidamos a compor a Mesa o Deputado Cassiá
Carpes, representante da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul;
a Srª Maria Íris de Oliveira da Rosa, Presidente do Conselho-Geral do Clube de
Mães; a Srª Selma Werlang, Vice-Presidente do
Conselho Geral do Clube de Mães; a Srª Luiza Fabris Rosa, Mãe do Ano Rio Grande
do Sul, e a Srª Marlene Sauer, representante da Secretaria do Trabalho e do
Desenvolvimento Social, Diretora do Departamento de Assistência Social.
O Ver. Nilo Santos, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores.
(Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero também fazer uma
saudação especial à ex-Presidente do Conselho-Geral do Clube de Mães, a Srª
Élida Galarça, e aos demais associados que nos acompanham nesta tarde. Na
realidade, senhoras e senhores, o Conselho-Geral do Clube de Mães foi fundado
em 22 de março de 1966. Completou 45 anos, e a primeira Presidente foi a Sibila
Aquino, do Clube de Mães Dr. Oscar Tollens, de Porto Alegre. Ver. Tarciso
Flecha Negra, o Conselho-Geral do Clube de Mães nada mais é do que uma válvula
de escape para a nossa sociedade. Muitas pessoas acham que o Clube de Mães é
apenas um espaço para que as senhoras se encontrem. Na realidade, prestam
serviços, Ver. Tarciso Flecha Negra e Ver. Toni Proença, oferecendo, inclusive,
cursos com parcerias para jovens, adolescentes. O movimento de Clube de Mães
foi fundado com a finalidade de promover a mulher para o exercício de sua plena
cidadania. O papel da mulher dentro da sociedade, o papel da mulher preocupada
com o jovem, com os problemas sociais, com as causas sociais - essa é a
finalidade.
Hoje o Rio Grande do
Sul conta com 18 Conselhos de Clubes de Mães, congregando aproximadamente 130
Clubes de Mães. Em 2010, realizou em Tramandaí a X Olimpíada Estadual Amadora
de Clubes de Mães, nas diversas modalidades esportivas: bocha, bolão, futebol
de salão, tênis de mesa, voleibol, canastra, dama, moinho, etc. Qualidade de
vida é promovida pelos Clubes de Mães. Anualmente, no mês de setembro, em
solenidade festiva com a presença de autoridades municipais e estaduais, faz a outorga
do Troféu Conquista a pessoas ligadas ao movimento ou não, que tenham prestado
relevantes serviços ao movimento. No mês de agosto, de cada ano, é comemorada a
Semana Estadual de Clubes de Mães, inclusive é lei estadual, quando cada
Conselho, no seu Município, realiza atividades esportivas, culturais e
assistenciais, levando informações nas áreas da educação, saúde e geração de
renda, entre outras. Em convênio com a Prefeitura de Porto Alegre, já ministrou
diversos cursos profissionalizantes para jovens e adultos da nossa Capital,
também com outras Prefeituras do interior do Estado.
Hoje, esta homenagem,
Srs. Vereadores, nada mais é do que uma questão de justiça para com essas
mulheres que conseguiram se organizar e mostrar a força da mulher no sentido de
promover o bem-estar de todas as pessoas dentro da sociedade. Então, este é o
momento de a Câmara parabenizar os Clubes de Mães, parabenizar o
Conselho-Geral, parabenizar essas mulheres, que poderiam estar desfrutando dos
seus momentos, Ver. João Dib, com seus familiares, com seus filhos, com seus
netos, mas que abrem mão desse tempo exatamente para cuidar de um todo, ou
seja, para se envolver com toda a sociedade. Fica aqui o nosso agradecimento a
essas mulheres guerreiras, valentes. Esperamos que essa luta nunca pare e que
essas mulheres que fazem parte dos Clubes de Mães possam se engajar cada vez
com mais força, e, com certeza, elas terão o apoio e empenho desta Câmara de
Vereadores de Porto Alegre. Parabéns mais uma vez. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Nelcir
Tessaro está com a palavra em Comunicações.
O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Hoje é um dia muito importante, segunda-feira, logo após o nosso
Dia das Mães, que foi um belo dia de domingo, quando todas as famílias puderam
estar reunidas, fazendo com que a família cada vez mais seja preservada. Eu
digo sempre que é muito importante nós nos lembrarmos do Dia das Mães, das
nossas mães e das mães que adotam crianças, que trabalham, que fazem esse
trabalho social como se filhos seus fossem todas aquelas pessoas que procuram
os Clubes de Mães. Nós sabemos das dificuldades, nos dias de
hoje, de manter uma associação, de fazer que ali se obtenham recursos para
atender a todas as demandas que aumentam, cada vez mais, com a nossa crise
brasileira, com a nossa crise institucional e, principalmente, com a nossa
crise familiar. Cada vez mais, vemos a droga consumindo famílias, a droga
tomando conta dos bairros da Cidade, a droga tomando conta das nossas escolas,
e a nossa juventude, as nossas crianças, cada vez mais, sofrendo com a
influência e a persistência daqueles que as querem levar para o mau caminho.
A grande dificuldade
que têm as mães que estão à frente, à testa dos Clubes de Mães é fazer com que
os jovens não sigam o mau caminho; que eles possam, sim, conviver, crescer num
ambiente sadio, para que, na sua infância, na sua juventude, não sofram, para
que a maldita droga não acabe com as suas vidas. O Ver. Tarciso é prova disso,
ele trabalha muito, muito faz aqui; também o Ver. Nilo. Temos aqui, Nilo, a sua
Comissão dos Moradores de Rua. Por que temos tantos moradores de rua em Porto
Alegre? Isso é pela desagregação familiar. O nosso problema, hoje em dia, é
justamente fazer com que a família seja, cada vez mais, reunida e fortalecida.
E, quando não existe mais a família para fazer isso, os nossos Clubes de Mães
têm esta incumbência: eles preenchem, justamente, a falta do convívio familiar.
Eu tenho visitado
muitos Clubes de Mães e lembro-me da Iara, que trabalhava muito nos Clubes de
Mães, eu a conheci no ano de 1991, lá na Assembleia Legislativa. Há 20 anos,
Ver. Cassiá, a gente já via esse trabalho dedicado, feito em todos os bairros
da Cidade, buscando que as crianças fossem amparadas pelas nossas mães, que não
geraram esses filhos, mas que os adotaram como se fossem seus, e elas levaram
adiante esse trabalho magnífico. Então, quero parabenizar todas as mães,
aquelas mães que se dedicam, que sofrem, que se desgastam, que vão à luta,
buscando, cada vez mais, apoio financeiro, doações, parte institucional; outras
partes nem sabemos de onde vem, mas não importa. Não importa de onde vem, importa
para quem vai, qual a finalidade. A sua finalidade deve ser sempre de proteção
à criança. Criança com fome não tem proteção, e nós precisamos, cada vez mais,
dar o nosso apoio a essas crianças. Por isso, eu cumprimento todas as senhoras
mães que hoje estão presentes aqui. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Antes de ouvirmos a nossa querida amiga Maria,
oradora oficial, eu queria simplesmente assinalar o seguinte: eu, em colaboração
com o andamento dos trabalhos, fiquei silencioso, apesar de estar inscrito
regularmente para falar, mas quero deixar bem claro que o Democratas, por meu
intermédio, subscreve inteiramente as homenagens que foram realizadas e, mais
do que isso, solidariza-se e soma-se a elas, especialmente com o pronunciamento
do Ver. Nilo Santos, proponente desta homenagem, que traduziu muito bem a nossa
posição.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está feito o registro, Ver. Reginaldo Pujol. Após a
manifestação da nossa convidada, o senhor fará uso da tribuna em Comunicações.
A Srª Maria Íris Oliveira da Rosa, Presidente do
Clube de Mães, está com a palavra.
A SRA. MARIA
ÍRIS OLIVEIRA DA ROSA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Deputado Cassiá
Carpes, representando a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul;
Srª Selma Werlang, Vice-Presidente do Conselho-Geral de Clube de Mães; Srª
Luiza Fabris Rosa, Mãe do Ano Rio Grande do Sul; Srª Marlene Sauer, Diretora do
Departamento de Assistência Social, representando a Secretaria do Trabalho e do
Desenvolvimento Social, boa-tarde. Senhoras, senhores e minhas amigas
companheiras do movimento do Clube de Mães - são poucas, mas são aquelas que
realmente vivem o nosso movimento -, há uma representante de Canoas, quero agradecer
a presença de todas vocês, amigas fiéis que nós temos dentro do nosso
movimento. Senhoras, senhores, Sr. Nilo Santos, eu, como Presidente do
Conselho-Geral do Clube de Mães, estou muito emocionada e agradeço muito esta
homenagem aos nossos 45 anos. Vamos ver se a gente consegue ficar mais 45 anos
vivendo neste movimento e proporcionando a todas essas mulheres, aos nossos
Clubes de Mães do interior do Estado essa coisa que nos une, porque esse
movimento não é só de trabalho, nós temos união. Então, mais uma vez, quero
agradecer ao Vereador por esta homenagem ao Conselho-Geral do Clube de Mães.
Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Agradeço às senhoras que estão nas galerias, que
representam os nossos Clubes de Mães, quero dar os parabéns às senhoras pelo
dia de ontem, de hoje e de sempre: o Dia das Mães. Agradecemos às nossas
convidadas que fizeram parte da Mesa, ao nosso Deputado Estadual Cassiá Carpes
e também ao proponente da homenagem, Ver. Nilo Santos. (Palmas.)
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h25min.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cássia – às 15h28min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. DJ Cassiá; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e
senhores, eu venho aqui hoje em liderança do meu Partido, com a anuência do
nosso Líder, o Ver. Mauro Pinheiro, e dos demais colegas do PT, trazer um tema
que tem sido recorrente nesta Casa: o descumprimento da legislação municipal.
Trago novamente aqui esse tema, que foi amplamente divulgado na Zona Sul da
cidade de Porto Alegre, no Jornal Restinga, na sua última edição, Sr.
Presidente. Esta é a reportagem (Mostra jornal.): “A comunidade quer apenas que
a Prefeitura respeite a lei municipal”. Ver. João Antonio Dib, esta matéria é a
respeito da construção de um posto de gasolina no outro lado da Estrada Gedeon
Leite, em frente à Escola Estadual Henrique Farjat, com mais de 1.500 alunos.
Nesta edição do Jornal Restinga, há um depoimento de três colegas Vereadores -
além do meu, o do Ver. Nelcir Tessaro e do Ver. Sebastião Melo -, todos dizendo
que a lei tem que ser cumprida.
Esse tema foi trazido
desde o primeiro momento que se anunciou que lá sairia um posto de gasolina.
Nós debatemos, pedimos providências, encaminhamos ao Ministério Público, e,
neste momento, está se encaminhando a inauguração do dito posto de gasolina.
Afinal de contas, a legislação municipal existe para ser cumprida! Do nosso
ponto de vista, a lei é muito clara: não pode ser autorizada a construção de
postos de gasolina que ofereçam riscos a entidades, instituições de ensino,
clubes, templos religiosos ou outros. Acontece que
ninguém no Poder Público dá uma explicação condizente ou impede a construção
daquela obra. Nós não somos contrários ao desenvolvimento nem a que os
equipamentos de utilidade pública se instalem. O empreendedor que está lá se
instalando tem autorização, mas, do nosso ponto de vista, está descumprindo a
legislação municipal. Sendo assim, de quem é a responsabilidade? Para nós, é do
ente público, Prefeitura Municipal, por intermédio das Secretarias responsáveis
por esse tema.
Trago novamente esse
tema, porque fomos procurados pela comunidade escolar, pelos pais, pelos
moradores dali. Esse posto de gasolina está sendo construído; ele está prestes
a ser inaugurado na Rua Costa Gama esquina coma Av. Edgar Pires de Castro.
Nessa localidade, há uma escola estadual com 1.500 alunos nas séries iniciais,
ao lado há uma creche. A legislação é muito clara quando diz que não pode ser
autorizada a construção de postos de gasolina nas proximidades desses
equipamentos. Dez, quinze metros, isso é ou não proximidade, se somente a rua
separa essas comunidades desse posto de gasolina que está lá? Estamos trazendo
novamente esse tema aqui, pedindo providências do Município. Cumprimentamos o
jornal da Restinga, que traz uma matéria para debate. E, nesta edição, além da
opinião deste Vereador, nós temos acordo para dizer que a lei municipal, neste
caso, não está sendo cumprida. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Nelcir
Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; colegas Vereadores, senhores e senhoras, utilizo este tempo para
falar de um assunto importante para a Cidade, um assunto que envolveu, no
passado, todos os Vereadores desta Casa, e esperamos que novamente os envolva
nesta semana que se inicia: a remoção da Vila Chocolatão. Até que enfim essas
famílias vão ter dignidade, vão ter suas casas próprias, vão ter suas crianças
em creches e escolas no local, não estarão mais nessas condições precárias,
sujeitas a terem suas casas incendiadas, perdendo tudo o que têm e ficando
desamparadas.
Está marcada para o
próximo dia 12, quinta-feira, a remoção dessas famílias para a Av. Protásio
Alves, nº 9.099. Eu tenho a alegria de falar aqui sobre esse tema, porque, no
passado, ainda na gestão do Prefeito José Fogaça, nós tivemos, em Brasília, uma
reunião com o Ministro Paulo Bernardo, quando conseguimos que houvesse uma
permuta com a área da Zamprogna e tivemos a área doada pelo Governo Federal, e
foram iniciadas as construções. Também tivemos, junto ao Plano Nacional de
Habitação Social, uma liberação de 2,8 milhões de reais, que culminaram na
realização do projeto, que custou em torno de 5 milhões de reais. Hoje são
cerca de 170 famílias que vão estar protegidas, não mais correndo os riscos que
corriam. A maioria delas vive da arrecadação de produtos recicláveis, como
papel, no Centro da Cidade. Na sua localidade, poderão continuar com esse
trabalho, porque no projeto consta a construção de um galpão de reciclagem. Eles
poderão formar uma cooperativa e continuar arrecadando, recebendo materiais
para o sustento de suas famílias.
É muito importante
esse tema, porque temos outra vila no coração de Porto Alegre cuja remoção se
fala há tantos anos, e, nós, quando estávamos no DEMHAB, já deixamos gravado...
São cem famílias da Vila Keddie, Ver. Toni Proença - o senhor acompanhou muito
bem na época do Orçamento Participativo -, que vivem em uma parte residencial
da Cidade, sobre uma área em que será aberta uma rua, que vai dar acesso e
trafegabilidade melhor para o trânsito próximo do Colégio Anchieta. Essas
famílias já deveriam ter saído dessas casas, que estão em péssimas condições;
elas deveriam ter suas moradias próprias junto à nova Vila Dique, na Av.
Bernardino Silveira de Amorim. São cem famílias que estão ansiosamente
esperando e que, com toda a certeza, vão passar mais um inverno nas condições
precárias em que se encontram. Então, também gostaria que as obras fossem
apressadas e recebessem continuidade, que fossem aceleradas, para que a gente
pudesse ver essas famílias sendo removidas, se possível, ainda até o final
deste ano, e é importante fazer a remoção nas férias das crianças, para elas
não perderem aulas.
(Aparte
antirregimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O SR. NELCIR TESSARO: Eu acho que é a
burocracia, mas sabemos que, na construção da Vila Dique, houve problemas com a
construtora. Uma construtora ganhou a concorrência com o preço muito aquém do
mercado imobiliário, e houve dificuldade na realização. O prazo previsto de
conclusão dessas obras era o ano de 2010, mas ainda temos 50% das obras em
andamento. Mas eu tenho certeza de que, com a priorização da liberação da pista
do Aeroporto, também será prioridade aquelas famílias terem as suas casas e
serem removidas. Assim, a nossa Vila Keddie, que o Ver. Cecchim tanto conhece,
no coração de Porto Alegre, também será contemplada, e logo, logo os cidadãos
terão as suas residências dignas para poderem estar com as suas famílias, com
as crianças em seus colégios, com as famílias tendo locomoção. Sabemos que, na
Zona Norte, que o senhor conhece muito bem, há transporte para todas as regiões
da Cidade, e não há nenhuma dificuldade em remover as pessoas da Av. Nilo
Peçanha para aquela localidade. Assim, esperamos que essas famílias sejam
contempladas neste ano, para o bem da Cidade e para o bem de todas as famílias
que sofrem a cada inverno. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra em Comunicações.
O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente dos
trabalhos, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
chamou-me atenção, imagino que das Sras Vereadoras e dos Srs.
Vereadores também... No mínimo, é uma grande preocupação, porque, se há alguma
coisa nesta Cidade que nós preservamos e por que temos um carinho muito
especial, são os poucos parques que temos na Cidade. Eu cito aqui alguns que
são usados por uma grande parcela da população: o Parcão, a Redenção, o
Marinha. Uma pesquisa da UFRGS, publicada no Jornal do Comércio de hoje, feita
pela Drª Claudia, Professora de Farmacologia, identificou uma péssima qualidade
do ar na Redenção. Essa pesquisa foi realizada justamente no horário de pico;
não nos piores horários, mas no período da manhã e no período da tarde.
Registrou-se no entorno - onde há um grande número de pessoas que se exercitam,
que fazem a sua prática esportiva, a sua caminhada, a sua corrida -, no período
da manhã, picos de mais de 90 e, à tarde, picos perto dos sessenta, e o
aceitável, pela tabela, é 25 microgramas por metro cúbico - por favor, aqui não
eu teria os números exatos, mas o aceitável é 25 microgramas. Isso significa
que há um descontrole e uma falta de fiscalização. A EPTC, através do Sr.
Wagner Cruz, Coordenador de Operações Especiais da EPTC, diz que, em média, 70%
dos veículos, sejam eles de transporte público ou de veículos privados, não
passam pela inspeção!
Percebam o nível de
descontrole que nós temos na nossa Cidade no que diz respeito à poluição provocada
pelo transporte público e pelos carros privados. Então, isso nos leva a fazer
um apelo aqui na tribuna, uma cobrança importante, porque estamos falando de
uma poluição - dita aqui por especialistas da OMS - causada por um material
fino que pode causar infartos e que piora o quadro de pacientes de doenças
respiratórias. Estamos diante, sem dúvida, de um descontrole enorme em uma das
áreas mais nobres da Cidade, um dos patrimônios que nós temos o maior cuidado,
Ver. DJ Cassiá, porque é para onde as pessoas vão se exercitar, os médicos
recomendam que as pessoas se exercitem lá, que usem os parques. E, justamente
ali, devido ao entorno, ao grande número de veículos, de trânsito, de
transporte coletivo, está havendo poluição. E mais: eu quero aqui reforçar que
70%, em média, não são aprovados na inspeção veicular.
Olha, eu quero fazer um apelo à EPTC, quero sugerir
aos colegas Vereadores que estão propondo a esta Casa um debate em relação à
Mobilidade Urbana, ao transporte público, que nós levemos em consideração a
pesquisa feita pela UFRGS, estudo que mostra o alto índice de poluição oriunda
dos veículos da nossa Cidade. Então, é um apelo que faço, quero incluir na
pauta, porque esse é um assunto que deve ser tratado também nesse Seminário,
para que possamos cobrar efetivamente do Executivo uma fiscalização dura e
rígida em relação à poluição produzida pelos automóveis principalmente no
entorno dos nossos parques. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, hoje, na Reunião de Lideranças, combinamos a inversão da ordem
dos trabalhos de tal sorte que o período de Comunicações pudesse ser cumprido;
evidentemente, com isso, ensejando que se prestasse a homenagem ao Clube de
Mães naquele ato muito bem presidido por Vossa Excelência. Na ocasião, não
entendi como se procediam os fatos, apesar de meu nome constar na lista dos
inscritos em Comunicações, precisava colocar claramente para Mesa que eu
gostaria de utilizar a inscrição para aquela homenagem. Por não ter informado
na ocasião, eu fiquei com o tempo livre e quero aproveitá-lo com a objetividade
possível, para que possamos, imediatamente após, se assim o quórum permitir, ingressar
na Ordem do Dia para a votação de várias matérias que estão aguardando decisão
dentro da semana que vingou.
Isso não me impede, Sr. Presidente, de fazer alguma
referência a fatos extremamente desagradáveis que ocorrem no País,
especialmente às declarações de empresários que alegam comprar ministros,
senadores, homens do Governo e fora dele com o poder do dinheiro. Isso tem
revoltado fortemente setores da sociedade brasileira, especialmente o Senado
Federal, que se julga ofendido e que quer ouvir os autores dessas denúncias.
Contataram, inclusive, a Empresa JD, do José Dirceu, para prestar serviço de
apoio logístico e, agora, segundo eles, para distribuir “bolas”, propinas nas
áreas de decisão governamental, na repetição de uma denúncia que, lamentavelmente,
se alastra por todos ou quase todos os setores do Governo Federal. Um dia a
gente é informado, pela mídia, de que roubam dos estudantes ao permitir que
comida de péssima qualidade se deteriore e não chegue a ser consumida, pelos
estudantes pobres deste País, na merenda escolar; no outro dia, verificam-se
problemas no Bolsa Família. Enfim, em todas as áreas vamos encontrando
problemas dessa ordem, e acho que hoje não há um setor, um Ministério que não
apresente um problema dessa ordem. Assim é na área da Cultura, na área do
Esporte, enfim, na área das obras - são imensos os problemas -, e o País fica
olhando isso estarrecido, sem capacidade de reação.
Agora, por exemplo, junto a essa notícia, nós
observamos outra que é magnífica, que diz, Ver. João Dib, que Delúbio deve ser
candidato a Prefeito. Delúbio deve ser, Ver. Elói, candidato a Prefeito! É o
mesmo Delúbio que vocês estão pensando. É ele mesmo! O velho Delúbio de guerra,
já perdoado pelo PT, e acho que vai ser até perdoado lá no Município onde ele
vai ser candidato, no interior de Goiás, porque quase todos aqueles que
estiveram envolvidos com o “mensalão” foram resgatados, encontram-se hoje no
Congresso Nacional. O José Genoíno, por exemplo, foi homenageado pelo Exército
Brasileiro, com honrarias muito distintas.
Isso, meu Presidente - eu quero deixar muito claro
-, na minha idade, transforma-se num tumulto exasperante, exatamente no momento
em que eu vejo algumas pessoas resistirem no meu Partido, porque não querem
assumir uma posição de mero adesismo, eu vejo essa complacência com todos esses
fatos. Dos envolvidos no “mensalão”, não resultou em nada; o José Dirceu
inclusive eu quero cumprimentar, porque é um homem muito competente: com tudo o
que ocorre, ele, hoje, é uma das cabeças que comandam este País...! E nós vamos
vivendo; vendo a inflação ser retomada, está em vias de alta, e as medidas
superficiais que o Governo vem tomando não têm dado resultado, em breve temo
que vejamos comprometido todo o esforço que a Nação fez para chegar aos novos
conceitos de responsabilidade fiscal e para segurar esse “tigre”, o tigre
inflacionário.
O que fazer, Sr. Presidente? O que fazer, Ver. Elói
Guimarães? Vossa Excelência e o Ver. João Dib são os decanos da Casa. Vamos
silenciar? Ou ficar nessa resistência passiva, quase que indiana? Porque outra
coisa não se faz, senão resistir e não se carcomer de fora para dentro,
envolvendo-se nesse clima, nesse festival total que a Nação brasileira vive, e
a Georgina, aquela advogada que levou quase um bilhão do INSS, declarou, alto e
bom som, que continuam roubando do INSS. Então, estão roubando a quilo e a
metro, e nós estamos aqui protestando da tribuna. Este é o Brasil da maioria do
seu Lula, que em todos os cantos há um desfalque, em todos os cantos há uma
propina, há situações que se agravam na Cultura, no Esporte, nas obras
públicas, na Agricultura; enfim, em todas as áreas. Por isso, Sr. Presidente,
tive que gastar estes cinco minutos não para dizer de coisas boas, mas para
dizer do meu dissabor em ver este País enveredar para esta senda, que,
lamentavelmente, tem enveredado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Nilo Santos está com a palavra em
Comunicações.
O SR. NILO
SANTOS: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, eu havia dito, há
algum tempo, que não me cansaria de falar aqui sobre os temas da Comissão
Especial que trata das pessoas em situação de rua, ou seja, dos moradores de
rua. Sempre Vereador Valdir Fraga, que é o embaixador do Governo nesta Casa, eu
quero compartilhar, com o senhor e com todos os que estão nos acompanhando
nesta tarde, uma notícia, uma informação extremamente agradável que nós tivemos
do Comando da Brigada Militar, numa ação de Governo. O Comandante da Brigada
Militar de Porto Alegre esteve aqui na última quarta-feira, Ver. Mauro
Pinheiro, histórico, Ver. Nelcir Tessaro, Ver. Eloi Guimarães, e se comprometeu
com a Comissão de fazer uma espécie de pente-fino nas ruas da
Cidade, identificando, Ver. João Dib, juntamente com a FASC, os moradores de
rua e os pedintes. Aquele que não tiver documento será levado à área
judiciária, e lá será feita a identificação dessa pessoa.
É a única forma,
senhoras e senhores, de separarmos o joio do trigo, de saber quem é malandro,
quem é foragido. Identificaremos quem realmente necessita de atendimento, quem
realmente é pobre, a ponto de não ter uma casa para morar; identificaremos quem
tem problema mental. Somente através da identificação, Ver. Mauro Pinheiro,
saberemos quem é quem. A FASC tem um levantamento, mas não é completo, Ver.
Oliboni. Tem um cadastro, mas não é completo, porque gira muito! Gira muito:
sai gente da rua, vem gente para a rua. E, senhoras e senhores, esse movimento
da Brigada Militar, auxiliando-nos, é uma luz no final do túnel. É uma luz no
final do túnel, Ver. DJ Cassiá. A Brigada Militar colocando-se à disposição
para entrar, para fazer esse enfrentamento conosco é um momento histórico para
a nossa Capital. Até quando vamos ver o crescimento do número de pessoas em
situação de rua e acharmos que a Secretaria de Segurança não pode entrar, não
pode atuar? Aqui deixo os meus cumprimentos ao Coronel Atamar, da Brigada
Militar.
Eu quero aproveitar
aqui - como havia prometido aos senhores, desta vez não farei apelo aos
Vereadores para participarem da Comissão - e convidar os servidores da Casa:
servidores da Casa, por favor, participem da nossa Comissão Especial, que trata
do assunto moradores de rua. Porque nós não estamos conseguindo, Sr. Presidente
- eu falei isto hoje pelo manhã à nossa Presidente Sofia Cavedon -, reunir a
Comissão, em função de uma série de reuniões, de Comissões e compromissos. E
essa bandeira é de todos os Partidos políticos, é de toda a sociedade, é dos
grandes empresários, é da senhora pobre lá da vila, porque, se não tomarmos uma
providência agora, o filho dela virá para o Centro. Então faço um apelo aos
servidores da Casa: por favor, participem comigo, porque nós vamos ter, na
quarta-feira, às 10 horas, a presença do Juiz da Infância e da Juventude de uma
das varas, o Dr. Daltoé; teremos a presença do Ministério Público. Precisamos
de gente na Comissão, senhoras e senhores! Eu não posso estar lá sozinho
representando a Casa, Ver. Oliboni, diante do Poder Judiciário, e nós tanto
pedimos que eles venham e façam parte dessa parceria.
Fica aqui o meu apelo
a todas as Bancadas e um convite aos servidores desta Casa, para que se juntem
a nós na quarta-feira, às 10 horas da manhã. Ver. Tarciso Flecha Negra, Ver.
Elias Vidal, Ver. Toni Proença, Ver. Idenir Cecchim, Ver. João Antonio Dib,
Ver. Aldacir José Oliboni, Ver. Mauro Pinheiro, Ver. Adeli Sell, Ver. Reginaldo
Pujol, Ver. Nelcir Tessaro, façam parte dessa Reunião de quarta-feira. Nós
teremos apenas três Reuniões para concluir o trabalho da Comissão. Três
Reuniões apenas! E esse assunto é tão sério! Trata-se de vidas! Não se trata de
asfalto, trata-se de vidas de pessoas que estão hoje dependendo do nosso
movimento também, dependendo das nossas ações. Então, mais uma vez, imploro a
esta Casa no sentido de que, quarta-feira, às 10 horas, possamos estar juntos
ali para estendermos as mãos às pessoas que mais precisam na nossa Capital.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; demais Vereadores e Vereadoras, público do Canal 16, público das
galerias, quero aproveitar este momento da nossa Sessão para falar a respeito
da nossa Frente Parlamentar em Defesa da Micro, Pequena e Média Empresa, a qual
presido. O Ver. Adeli Sell, Vice-Presidente; o Ver. João Carlos Nedel e outros
Vereadores também a compõem.
Tivemos uma reunião
aqui na Câmara Municipal, Ver. Idenir Cecchim, na sexta-feira retrasada -
infelizmente não pude usar esta tribuna antes -, com vários pequenos
empreendedores, pequenas empresas, contamos com a presença do Sebrae. Ficamos
preocupados por um motivo: o Sebrae nos expôs vários números relacionados às pequenas empresas, mostrando a expressão que tem a
pequena empresa. E todos os Vereadores desta Casa sabem disto: que a grande
maioria dos empregos formais vêm da micro e pequena empresa, Ver. Cecchim, e
que 99% das empresas urbanas são micro e pequenas empresas.
O Sebrae nos
apresentou vários números, e falamos muito a respeito da Lei Geral da Micro e
Pequena Empresa, a Lei Complementar nº 123, que foi aprovada no ano de 2006.
Uma lei que vem favorecer a micro, pequena e média empresa, para que elas
possam sobreviver e crescer, que é o objetivo de toda a empresa. Essa Lei
Geral, Ver. Tessaro, tem que ser regulamentada nos Municípios; aqui no Rio
Grande do Sul ela já foi regulamentada em 344 Municípios. Trezentos e quarenta
e quatro Municípios do Rio Grande do Sul já têm a Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa. Só que, aqui em Porto Alegre, Ver. Adeli Sell, nós ainda não
avançamos, ela não foi regulamentada. Apesar de, no Brasil, em 19 Capitais, dos
27 Estados, já estar regulamentada a Lei nº 123, aqui no Município de Porto
Alegre nós ainda não conseguimos avançar.
Então, eu venho aqui
nesta tribuna fazer um apelo ao nosso Prefeito Municipal, ao Prefeito José
Fortunati, para que nos receba lá, a Frente Parlamentar; já fiz o pedido para
uma agenda com o nosso Prefeito, para tratarmos da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa, porque todos nós sabemos a relevância que têm, Ver. Elias Vidal, a
micro e a pequena empresa no Município. Nós queremos que o Município de Porto
Alegre seja sempre de vanguarda. Dos 496 Municípios do Estado, em 344 ela já
foi regulamentada, e Porto Alegre tem que dar esse passo adiante, temos que
regulamentar a Lei nº 123, para que possamos, Ver. João Antonio Dib, alavancar
ainda mais o desenvolvimento do nosso Município, das pequenas empresas,
possibilitando que elas cresçam, gerem mais empregos, mais impostos. É
importante esse debate aqui nesta Casa, neste Parlamento, em prol da micro e
pequena empresa, para podermos cada vez avançar mais entre os negócios, entre o
Governo Municipal; nós temos que ajudar a alavancar ainda mais os negócios do
nosso Município.
Infelizmente, Porto
Alegre ainda não conseguiu regulamentar essa lei. Nós estamos aqui desta
tribuna fazendo um apelo ao Prefeito, para que atenda a Frente Parlamentar,
para que, juntos, consigamos implementar a Lei nº 123 no
Município de Porto Alegre. Vários Municípios do nosso Estado já possuem
regulamentação: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, mas Porto
Alegre não conseguiu ainda avançar. Apesar de Porto Alegre ainda não ter regulamentado,
o Rio Grande do Sul ocupa o 8º lugar em negócios. Com a regulamentação no
Município de Porto Alegre, vamos dar um grande passo em direção ao
desenvolvimento da micro e da pequena empresa e, com isso, alavancar ainda mais
os negócios dessas empresas, da parceria com o Município de Porto Alegre.
Então, venho aqui reivindicar ao Prefeito Municipal - ao Ver. João Antonio Dib,
que é o Líder do Governo nesta Casa -, para que, junto com a Frente Parlamentar
desta Câmara, possamos alavancar os negócios das pequenas e das microempresas,
regulamentando a Lei Complementar nº 123 aqui no Município de Porto Alegre. Um
abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª
Maristela Maffei.
O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia; Srs. Vereadores, eu
escutei atentamente o Ver. Nelcir Tessaro sobre a transferência da Vila
Chocolatão. Acho que essa é uma preocupação de todos nós há muitos anos; temos
realmente que garantir essa transferência, para que essas pessoas tenham uma
moradia digna.
Nós estávamos muito
preocupados, Ver. Dib, com uma situação que estava ocorrendo - e agora V. Exª
me deu uma notícia muito importante que temos que saudar. Havia um movimento
silencioso dos nossos engenheiros e arquitetos da Prefeitura de Porto Alegre,
profissionais que têm uma reivindicação justa e que deve ser discutida. Porque,
para toda a sociedade, para todos os empreendedores, como chama o Ver. Mauro
Pinheiro, para as pessoas que precisam fazer uma pequena reforma, que precisam
construir a sua casa, que precisam de uma declaração municipal, que precisam
aprovar um projeto, que precisam do habite-se de uma pequena, média ou grande
obra, é necessária a assinatura do engenheiro, do arquiteto, de quem acompanha
o projeto por parte da Prefeitura. E a paralisação, digamos assim, faz com que
a Cidade e as pessoas percam muito, não só tempo, mas também dinheiro, pois os
empreendimentos, as obras não estão andando. Nós precisamos resolver essa
situação com urgência. A notícia que o Ver. João Dib me deu de que, amanhã de
manhã, uma comissão de engenheiros irá se reunir com o Prefeito é um alento.
Nós precisamos discutir, sim, esse assunto, é um
assunto importante. Eu não estou aqui me colocando do lado do Executivo ou do
lado dos engenheiros e arquitetos; eu me coloco do lado do diálogo. Temos que
conversar e tentar achar as mínimas condições para se conversar, pois quem não
pode perder é a população de Porto Alegre. Eu queria convidar esses engenheiros
e arquitetos para conversar, o Prefeito os atenderá. Vamos fazer um grande
mutirão, para ver se nós conseguimos desamarrar as pilhas de solicitações da
população de Porto Alegre. São muitos os pedidos parados há alguns dias, as
pessoas estão esperando por uma solução, por uma assinatura, pelo parecer do
engenheiro ou do arquiteto. Tenho certeza de que os Secretários da área estão
empenhados nisso, vão dar os subsídios necessários ao Prefeito, e os profissionais
que estão fazendo a reivindicação também.
Se não puderem ser atendidos de todo, pelo menos
vamos ver o que se pode fazer, o que o Município pode fazer, para que a nossa
população, para aqueles que precisam desde uma DM até um habite-se não sofram
os prejuízos que estão sofrendo. Muitas pessoas estão esperando o habite-se
para a mudança. As obras estão prontas, as construtoras estão com as obras
concluídas, mas precisam do habite-se para liberar, muitas pessoas estão
esperando para fazer a mudança para a nova casa. Eu tenho certeza de que, com o
início do diálogo, amanhã de manhã, entre o Prefeito, os engenheiros e os
arquitetos da Prefeitura, nós vamos recomeçar a fazer o que tem que ser feito,
que é atender às demandas do Município. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUCIANO
MARCANTÔNIO: Presidente Sofia, colegas Vereadores, cidadãos, cidadãs; hoje à tarde, o
Prefeito Fortunati atendeu a um antigo apelo dos Conselheiros do Orçamento
Participativo - Conselheiros, Delegados, Coordenadores dos CARs. Ele entregou
um ônibus novo, com toda a estrutura, para que as lideranças dos movimentos
sociais, principalmente os Conselheiros, possam, agora, com esse ônibus, fazer
roteiros permanentes nas comunidades no sentido de ouvir as reivindicações, o
clamor, as necessidades daquele cidadão que vive na comunidade de baixa renda e
que precisa que o serviço básico melhore. E o serviço básico, é importante
ressaltar, é um dos três eixos em que haverá investimentos. São três eixos
prioritários de investimentos na gestão Fortunati: um é o serviço básico, o
outro são as obras da Copa, o terceiro são as obras do Orçamento Participativo.
Esse ônibus foi entregue hoje, na presença de todos
os Conselheiros do Orçamento Participativo. Ele vai ao encontro de, cada vez
mais, nós respeitarmos, valorizarmos, incentivarmos a democracia participativa.
Nós sabemos que Porto Alegre - isto não é de hoje, é uma construção que vem de
Governos anteriores - é a Capital mundial da democracia participativa. São
ações como essa que visam a valorizar os militantes do Orçamento Participativo.
A entrega desse ônibus novo se dá num dia emblemático, quando iniciam as
plenárias do Orçamento Participativo. Teremos hoje à noite, no Teatro Dante
Barone, a primeira rodada das plenárias, com a semana das Temáticas. E hoje eu
posso dizer que os Conselheiros do OP se sentem cada vez mais prestigiados
através dessa interlocução entre a gestão e os movimentos sociais, valorizando
o trabalho que ocorre na comunidade, que é discutido nos Fóruns Regionais do
Orçamento Participativo.
Foi assim que se repactuaram demandas atrasadas,
desde 1991, no nosso Orçamento Participativo. Demandas que entravam no Plano de
Investimentos, mas que, muitas vezes, por uma questão técnica, ou por falta de
prioridade, não eram resolvidas, as obras não saiam. O Prefeito Fortunati e o
Secretário Busatto, em conjunto com os Conselheiros, Delegados do OP, Coordenadores
dos CARs, nos FROPs, lá nos Fóruns Regionais do Orçamento Participativo, nas 17
Regiões, repactuaram essas demandas atrasadas. E mais: fizeram um trabalho de
priorizar as demandas que vão ser, agora, colocadas no Plano de Investimentos.
Finalmente, o livro do Plano de Investimentos vai ser um livro real, com
demandas reais, e as obras vão acontecer, porque todas elas foram construídas
dentro da Secretaria do Governo. Nenhuma obra demandada pela comunidade virará
ilusão.
Essa obra só entrou no Plano de Investimentos,
porque ela tem o amparo técnico, tem orçamento e vai acontecer. Então, o Plano
de Investimentos, que sempre foi algo que angustiou as lideranças comunitárias,
e que, de certa maneira, trazia um enfraquecimento ao trabalho do Orçamento
Participativo, agora é um livro que todo cidadão de Porto Alegre pode carregar
embaixo do braço, cobrando que a obra aconteça. Essa obra vai acontecer! Essa é
a palavra do Prefeito Fortunati, e é por isso que os Conselheiros do OP, os
movimentos sociais, os Coordenadores dos CARs têm agora a garantia de ser
valorizados e respeitados. Ou seja, só entra no Plano de Investimentos a obra
que vai acontecer. Essa é mais uma atitude revolucionária e inovadora, que
mostra o respeito do Prefeito pelo Orçamento Participativo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Luciano.
Nós estamos aqui encaminhando o tema do Chocolatão.
O Ver. Brasinha intermediou uma conversa com o Secretário Goulart. Amanhã de
manhã, o Ver. Elias Vidal está se disponibilizando a ir junto, porque é às 9
horas, e vários Vereadores têm compromisso. Se mais algum Vereador puder ajudar
nessa conversa, nessa intermediação, agradeceríamos, sabemos que não é um
processo fácil a transposição. Há várias questões ainda, e nós queremos ir
amenizando, vamos dizer assim, essa passagem. Os valorosos Brasinha e Elias
Vidal já estão comprometidos nesse encaminhamento, e nós agradecemos muito.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h17min): Havendo quórum, passamos à
Neste momento, vamos colocar em votação o
Requerimento s/nº de autoria dos Vereadores Reginaldo Pujol e Sebastião Melo,
que solicitam a renovação de votação do PLL nº 164/09. Informo que nós estamos
apenas votando o Requerimento de renovação de votação. Se o Requerimento for
aprovado, a votação deverá ocorrer na próxima quarta-feira.
Em votação. (Pausa.) Alguma Bancada encaminha? Eu alerto os Srs. Vereadores de que a Bancada do PSOL está
neste momento atendendo a Vila Chocolatão, cumprindo uma função da Casa, e, se
pudessem ser avisados... Faríamos apenas um encaminhamento, quem sabe, para dar
tempo de eles se deslocarem.
(Manifestações fora
do microfone. Inaudíveis.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Então, não
criaremos precedente. Vamos votar, com essa observação da Presidente.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Mauro Pinheiro, o Requerimento s/nº de renovação de
votação do PLL nº 164/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM e 02 votos NÃO.
Quarta-feira, nós
renovaremos a votação.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 025/11 – (Proc. nº 1536/11 – Ver. Airto Ferronato) – requer a
realização de Sessão Solene no dia 31 de maio, às 17 horas, destinada a
assinalar o transcurso dos 67 anos do Teresópolis Tênis Clube (TTC).
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o
Requerimento nº 025/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 4436/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 062/10, que declara de utilidade pública o
Instituto Cultural São Francisco de Assis.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-05-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLE nº 062/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o PLE
nº 062/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 4441/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 063/10, que declara de utilidade pública a
Associação Comunitária de Moradores São Guilherme.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-05-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLE nº 063/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o PLE
nº 063/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4167/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 180/10, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que
denomina Praça José Luís Athanázio de Almeida o logradouro público cadastrado
conhecido como Praça 1711, localizado no Bairro Cristo Redentor. Com Emenda
nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 04-05-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 180/10, com Emenda nº 01. (Pausa.) Não há quem queria
discutir.
Em votação a Emenda
nº 01 ao PLL nº 180/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº
180/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 008/11 – (Proc. nº 0977/11 – Ver. Engenheiro Comassetto) – requer Moção de
Solidariedade com a Sociedade Recreativa e Beneficente Estado Maior da
Restinga, pela conquista do primeiro lugar no Carnaval 2011 de Porto Alegre.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 008/11, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto. (Pausa.) O
Ver. Nilo Santos está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
nº 008/11.
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu venho à tribuna encaminhar
contrariamente a esta Moção. Esta não vai dar, esta não tem como! Moção de
Solidariedade com a Sociedade Recreativa Beneficente Estado Maior da Restinga
pela conquista do primeiro lugar no carnaval...! Vou ser solidário pela
conquista do primeiro lugar no carnaval?! Solidariedade seria se tivesse
desabado o barracão. Uma homenagem, tudo bem, mas Moção de Solidariedade,
senhoras e senhores?! Aí, é demais! Obrigado. Voto contrariamente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Haroldo de Souza está com
a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 008/11.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: O meu encaminhamento é só para dizer o seguinte: um projeto deste tipo
não deveria nem entrar na Pauta dos trabalhos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Feito o registro.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Nobre Presidente, acho que é oportuno e faço aqui
um Requerimento a Vossa Excelência: que se retire de priorização o Requerimento
nº 008/11, porque o proponente da Moção não está presente. Não é justo que se
denigra a imagem de um Vereador, de um colega, o Vereador não está presente.
Então, vamos retirar de priorização. Ele terá a oportunidade necessária na
tribuna para poder discorrer sobre a proposta.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu vou colocar o seu Requerimento em votação.
O SR. NILO
SANTOS: Srª Presidente, eu, pelo menos, de forma alguma denegri a imagem do
Vereador; só acho que não há condições de ser votada uma Moção destas, não há
condições, apenas isso.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo, Vereadores, primeiro, vamos evitar o
termo denegrir, não devemos mais utilizá-lo, porque vincula a algo que não é
bom com a raça negra. Segundo, o Ver. Oliboni mantém o Requerimento de
adiamento de votação.
Em votação nominal, por solicitação do Ver. Haroldo
de Souza, o Requerimento de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que solicita
retirada de priorização do Requerimento nº 008/11.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Para salvar o Requerimento do Ver. Comassetto, eu queria apresentar uma
Emenda, transformando a Moção de Solidariedade em homenagem à Escola da
Restinga.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Idenir, fica registrado como intenção, mas
regimentalmente não há como.
(Pausa.) (Após a
apuração nominal.) Aprovado por 14 votos SIM, 02 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES. Foi retirado da priorização o
Requerimento do Ver. Engenheiro Comassetto; a proposta retornará na
quarta-feira.
O SR. DJ
CASSIÁ: Não consegui votar, Presidente. Eu tentei, mas não deu para votar. O meu
voto, e que quero que registrem, é “não”.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Vereador vota “não”.
O SR. NILO
SANTOS: Srª Presidente, apenas para esclarecer o significado da palavra denegrir
ou denigrir - é importante isso, porque parece que foi cometido um ataque, um
ato de racismo, como disse a Presidente (Lê.): “Atacar a reputação ou o talento
de alguém, desacreditar, depreciar, macular, manchar”. Então, foi nesse sentido
que o Ver. Oliboni se manifestou, e que eu me manifestei também.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com certeza, essa era a intenção. Nós sabemos que
essa é a definição do dicionário, nós apenas estamos superando essa palavra
pela analogia que faz.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, colegas Vereadores, eu fico muito
surpreso com esse debate aqui. Eu estava, justamente, numa agenda, a pedido da
Mesa Diretora e da CUTHAB, atendendo a uma comunidade na sala da Presidência.
Toda vez que vem a debate um projeto de qualquer colega que está representando
os 36 Vereadores - eu não estava representando a mim -, sempre é feito um
acordo para haver a votação na presença do colega. Portanto, é o seguinte:
quero registrar que eu estava naquele momento atuando em nome da Casa, atendendo
à comunidade do Chocolatão - o Ver. Brasinha, a Verª Maristela, o Ver. Elias
Vidal e eu. Estávamos tratando do tema da transferência nesta semana e de um
conjunto de conflitos que os trouxeram, imensas vezes, a esta Casa, e
combinamos de a Câmara ir lá amanhã, às 9 horas, com o Dr. Goulart, numa
reunião para fazer os ajustes. Então, só quero registrar que eu não estava aqui
no debate que se antecedeu por esta razão. Muito obrigado.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidente, com relação à terminologia usada aqui, eu tenho certeza absoluta de
que o Ver. Oliboni não teve má intenção. Pode até mesmo ainda não constar o que
quer dizer, mas nós temos que começar, Ver. Nilo, a mudar conceitualmente
algumas terminologias. Assim também a palavra judiar, que vem de judeu, e é
algo pejorativo. Eu acho que é uma questão de nós, com camaradagem, com o
espírito da boa política, começarmos a mudar. Se nós formos analisar, há alguns
termos, em especial com relação à questão do negro, que vêm, sim, com esses
conceitos. Então, é mais uma questão de nós nos conscientizarmos, como Casa do
Povo da Capital do Estado do Rio Grande do Sul, e não usarmos termos como
denegrir e outros mais. Coloco-me nesse sentido não para criar polêmica, mas
para demarcar, sim, uma consideração
fundamental. É um apelo, mas é muito mais algo que nós temos que superar. Muito
obrigada.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, apenas para esclarecer: fico agradecido pelo acolhimento do
Requerimento, mas quero frisar aqui que o autor do projeto não estava presente,
o Plenário solidarizou-se e adiou a votação, está resolvido o problema. Muito
obrigado.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, acho
que V. Exª é a pessoa mais habilitada, neste momento, para compreender o que eu
vou dizer: nós estamos vivendo aqui um crime da morte anunciada. Estou dizendo
há mais tempo que gera problemas o fato de existirem, coincidentemente com as
Sessões, algumas outras reuniões - importantes para a Casa. Já gerava para mim,
agora gerou para todos. Mais uma vez eu vou enfatizar da inconveniência de,
durante as Sessões Ordinárias da Casa, deliberativas, haver outros afazeres que
não aquele que é nosso compromisso: o de deliberar aqui no plenário. De resto,
eu não estava presente, porque, com 29 Vereadores presentes, como está no
painel, eu não pensei que a presença de um Vereador fosse tão importante assim.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Reginaldo
Pujol, esta Vereadora, que preside, fez um apelo para o primeiro processo,
porque eu acho que respeitaria a ausência do PSOL. Como não houve compreensão,
nós encaminhamos os demais Projetos e adiamos a votação do projeto do Ver.
Engenheiro Comassetto, respeitando a autoria. Algumas questões nós não temos
como controlar, tais como a vinda dos trabalhadores do Sinttel, como a vinda de
moradores da Vila Chocolatão, que estão para ser removidos na sexta-feira. Acho
que aí tem que haver a solidariedade do conjunto dos Vereadores.
Nós concluímos o acordo da Ordem do Dia previsto
para hoje, então convido as Lideranças para uma Reunião de Líderes aqui na
Mesa, uma vez que, sendo tão cedo, poderíamos avançar na apreciação dos
Projetos previstos para quarta-feira.
Estão suspensos os trabalhos para a Reunião das Lideranças.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h37min.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon – às 16h39min): Estão reabertos os trabalhos. Agradeço aos Srs.
Líderes. Como ainda há o Grande Expediente e a Pauta, definimos por apreciar
apenas o Requerimento nº 027/11, de autoria da Mesa Diretora, que indica os
Vereadores Adeli Sell e Toni Proença para ocuparem, respectivamente, as funções
de Presidente e Vice-Presidente da Escola do Legislativo Julieta Battistioli
pelo prazo de um ano.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 027/11 – (Proc. nº 1666/11 – Mesa Diretora) – que indica os
Vereadores Adeli Sell e Toni Proença para ocuparem, respectivamente, as funções
de Presidente e Vice-Presidente da Escola do Legislativo Julieta Battistioli
pelo prazo de 1 (um) ano.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o Requerimento nº
027/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o
Requerimento nº 027/11. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h40min): Está
encerrada a Ordem do Dia.
Passamos ao
GRANDE EXPEDIENTE
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, por
uma questão de justiça: faltavam 2min35s quando faltou luz, abro mão para que o
próximo possa falar. Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito
obrigada, Ver. Nilo.
A Verª Maristela
Maffei está com a palavra em Grande Expediente.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, que bom que esta é a Casa do
contraditório. Imaginem vocês se todos nós pensássemos da mesma forma: teríamos
Partido único; ninguém poderia pensar diferente; o Aurélio, eternamente, não
poderia ser modificado; as leis não poderiam ser modificadas - e é exatamente
disso que eu quero tratar. Que bom que as coisas, Ver. Pedro Ruas, podem ser
modificadas. Existe ato mais humanitário do que aquele que aconteceu nesta
semana, no Supremo Tribunal Federal, uma questão que já estava dentro da nossa
cultura e que algumas cabeças-duras não queriam compreender? Azar é delas!
Ainda bem que temos homens e mulheres sensíveis às transformações da
humanidade, vejam a questão da união estável no que se refere à
homoafetividade, que tanto discutimos nesta Casa, uma luta de todos aqueles que
acreditam numa sociedade civilizatória.
Eu quero aqui falar
um pouco sobre a lei, depois vou discorrer sobre o assunto e entrar no mérito
da questão. Quanto ao conceito (Lê.): “A união estável é a
convivência não adulterina nem incestuosa, a convivência duradoura, pública e
contínua de um homem e de uma mulher, sem vínculo matrimonial, convivendo como
se casados fossem, sob o mesmo teto ou não”. Isso é o que estava antes.
Contínuo (Lê.): “Há que se registrar que, para assim se caracterizar, não pode
haver impedimentos à realização do casamento, tais como os previstos no art.
1.521 do Código Civil, não se aplicado, porém, a incidência do inc. VI do
referido artigo, no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou
judicialmente. Ainda, quanto aos requisitos caracterizadores da união estável,
o entendimento mais moderno é de que seja dispensável”...
Senhoras e senhores, aqui a Bancada do PTB, que
está prestando tanta atenção nesse tema, salvaguardando o Ver. DJ Cassiá...
Sigo (Lê.): “O termo união estável pode ser
considerando menos um eufemismo para substituir a cacofonia moral, produzida
pelo vocábulo concubinato, do que uma verdadeira definição a respeito da
convivência heterossexual sem casamento. Com efeito, por menos despida de
preconceitos que fosse, a palavra concubinato sempre soou como algo pejorativo,
pouco pundonoroso. E isso porque ela não contém, quer explícita, quer
implicitamente, elementos diferenciadores, marcos sólidos que sugiram separação
entre o que é moral e o que é imoral, ou seja, entre a aventura extraconjugal
adulterina e a convivência marital diuturna, conforme a doutrina do mestre João
Andrade Carvalho. Nesse passo, ainda diz o não menos laureado mestre Jorge
Shiguemitsu Fujita, ao conceituar a união estável como sendo a união entre
pessoas de sexo diferente, que, sem haverem celebrado casamento, vivem como se
casadas fossem, de forma contínua e duradoura, reforça a tese de que, neste
tipo de união, o que importa, para sua caracterização, é a intenção dos
conviventes de, efetivamente, constituírem uma família.
“[...] O renomado jurista paulista faz, contudo,
uma ressalva, quando se refere à questão dos alimentos”. E aí entra no mérito
da lei (Lê.) : “Diz o mestre que a obrigação alimentar em sede de concubinato está longe de soluções definitivas. [...] De toda sorte, da união
estável decorre direitos e deveres. Dentre dos deveres está presente o dever de
alimentos por expressa determinação legal, na medida em que o art. 1.724 do
Código Civil estabelece, dentre outros, o dever de mútua assistência, além de
sustento e educação dos filhos, em perfeita consonância com o disposto no art.
2º, incisos II e III, da Lei nº 9278/96. Não obstante isso, o Código Civil ao
regular a questão dos alimentos consignou [...] os cônjuges e também os
companheiros podem pedir uns aos outros os alimentos que necessitem para viver
de modo compatível com sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de educação.
“Há, de outro lado, a
questão da reciprocidade, já que a obrigação alimentar existe entre os parentes
[...]. Quanto aos companheiros ou aos cônjuges, tais direitos não se fixam a
partir do jus sanguinis, mas, sim, em
razão do parentesco, como decorrência natural do dever da assistência material
recíproca. Desta forma, os conviventes devem alimentos uns aos outro, por força
do dever familiar. Examinando a legislação que regula a matéria, podemos
constatar que os conviventes podem por fim à união estável sem que se discuta a
culpa, sem cogitar de causa. Neste caso, os alimentos serão devidos por
qualquer um dos dois, bastando que se instaure a necessidade de um para com o
outro, para que a obrigação se ponha. O dever familiar é incompatível com a
ideia de culpa. Apregoa a doutrina que os alimentos devem ser fixados por um
período de tempo razoável para o credor” - como na atual lei se fazia decorrer,
também agora se faz cumprir com a união homoafetiva.
Mais (Lê.): “[...]
não se pode negar que avanços fantásticos foram registrados na questão da
regulação da união estável. Até bem recentemente, a despeito dos avanços da
jurisprudência quanto ao reconhecimento das situações de fato, o nosso
ordenamento jurídico, de forma absolutamente retrógrada, recusava-se a
reconhecer legalmente a situação da união estável” - homoafetiva. “Foi preciso
que a nossa Constituição Cidadã viesse a reconhecer”
- Verª Maria Celeste e Ver. Pedro Ruas - “expressamente a possibilidade de
constituição da união estável, que, contudo, somente veio a ser regulada de
forma tímida por duas leis: uma em 1994 (Lei nº 8.971), seis anos após; e
outra, mais abrangente, em 1996 (Lei nº 9.278), oito anos após a promulgação da
nossa Carta Magna. A partir do advento da nova ordem constitucional,
estabeleceu-se a igualdade jurídica entre os companheiros, bem como entre os
filhos, sem as distinções que o vetusto Código, de 1916, fazia. No tocante à
união estável, o novo Código Civil estabeleceu”...
O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora Maristela Maffei, eu acompanho,
com muita atenção, o seu pronunciamento, que é da maior relevância, da maior
importância. Nós temos um novo marco no País desde a decisão do Supremo, mas as
lutas que representam o movimento social, em combate, continuam. No dia 17, com
a organização inclusive da Verª Celeste, do PT, nós teremos, às 19 horas, na
Rua da República, um dos momentos sérios - Vossa Excelência e todos os
Vereadores e Vereadoras desta Câmara estão convidados -, para podermos ali
dizer um “não” à homofobia. Nós vamos exatamente a um local em que houve ações
homofóbicas, no Bar Pacifica, que representa hoje o bairro Cidade Baixa nesse
confronto, nesse combate. Então, cumprimento, mais uma vez, V. Exª, pelo
pronunciamento, pela posição, pela atenção permanente ao tema. E convido para
terça, dia 17, Dia Nacional de Combate à Homofobia, estarmos juntos, às 19
horas, na Rua da República.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Obrigada, Ver.
Pedro Ruas.
A Srª Maria Celeste: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, eu a parabenizo pelo
pronunciamento. Acho que o Supremo Tribunal Federal faz com que o Brasil avance
nessa discussão tão importante das relações homofóbicas e no combate à
homofobia, avançando nas relações homoafetivas.
Esta Casa, Verª
Maristela, tem um acúmulo de trabalho, inclusive de legislação. Quando esta
Casa - acredito que a senhora era Vereadora, eu ainda não era - apresentou um
Projeto de Lei regulamentando, na Lei Orgânica, o art. 150, que combate
qualquer forma de preconceito e discriminação contra pessoas que tenham
relações homoafetivas na Cidade, em qualquer estabelecimento comercial
inclusive, ela trouxe uma normativa que foi nova para todo o Brasil. E, hoje,
nós precisamos estar demarcando. A Presidente desta Casa, a Verª Sofia Cavedon,
colocou-se à disposição. Estaremos, no dia 17 de maio, como disse o Ver. Pedro
Ruas, lançando a campanha de divulgação do art. 150, que faz parte da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre, combatendo qualquer discriminação ou
preconceito de qualquer ordem na nossa Cidade, especialmente no que tange à
questão do comércio - tratado na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos
Humanos e Segurança Urbana -, mais especificamente sobre o acontecido no bar já
referenciado pelo Ver. Pedro Ruas. Estamos todos irmanados, combatendo a
homofobia na cidade de Porto Alegre. Muito obrigada. Mais uma vez, parabéns
pelo seu pronunciamento.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Obrigada, Verª Maria
Celeste. Infelizmente estaremos lá novamente, onde, inclusive, lembro de
agressões por atos de afeto entre duas pessoas do mesmo sexo; lá foram dados
socos, enfim, foi uma situação muito grotesca.
Aliás, Ver. Cecchim,
nesse bar, eles cuidam muito, preocupam-se muito com a questão do afeto entre
duas pessoas do mesmo sexo, mas, ao mesmo tempo, liberam o cuidado com questões
legais, como, por exemplo, a questão do cigarro, internamente. Todos os dias,
nesse bar, lá Rua República com a Rua General Lima e Silva, vivenciamos esse
problema. Temos que nos dar conta disso. Sei que o senhor é nosso parceiro, até
porque já foi Secretário, para estar conosco nessa luta. Deveriam cuidar mais
da legislação, que diz respeito à vida, e se preocuparem menos com a orientação
de quem quer ser feliz.
(Lê.) “Evidentemente
que muito há que ser feito, principalmente nos nossos Tribunais, que terão a
árdua missão de bem interpretar a nova legislação, porém compete também aos
juristas formularem novas questões e promoverem debates para aclarar as
questões dúbias no universo da consolidação da união estável” - homoafetiva -
“e, assim, contribuírem para construção de soluções mais justas e mais
equânimes”.
Senhoras e senhores,
eu quero dizer que, como bem disse a Verª Maria Celeste, há muito tempo estamos
nos somando a essa luta pela humanidade. Aqui nós queremos contribuir porque a
palavra de ordem é a cultura. É na cultura que se criam novas jurisprudências.
É com a cultura que se chegou a esse momento da união homoafetiva, porque isso
já existia. As pessoas vêm ao mundo para serem felizes. Se formos olhar pelo
aspecto cristão, nós todos dizemos que somos a imagem e
semelhança de Deus! Se nós somos a imagem e semelhança de Deus, nós temos que
lutar pela felicidade da humanidade. Assim como nós lutamos pela questão do
meio ambiente, nós lutamos também pela felicidade de todos. No entanto,
entramos pelo viés de um olhar pejorativo.
E aí eu digo o seguinte:
agora vai ser muito bom, porque aqueles que não queriam enfrentar a luta terão
que sair debaixo dos seus lençóis e se colocar para fora, os que não querem
assumir publicamente, inclusive os enrustidos, que é a pior praga que existe na
humanidade, em qualquer segmento. Porque o Código Civil é claro: em uma relação
afetiva entre um homem e uma mulher, se um deles tem uma relação fora do
casamento, tem direito, inclusive, à questão da herança. Então, eu quero saber:
em um casamento de pessoas do mesmo sexo, se existe relação fora do casamento,
esse homossexual ou essa lésbica, seja quem for, também terão direito à
herança? E aí, gente, vamos pensar com clareza: virá à tona uma hipocrisia que
vai ter que cair por terra também, que é do sentimento enrustido, que
condiciona o amor a um sentido pejorativo, que separa a questão legal do
casamento daquilo que nós consideramos o mais importante, aquilo a que somos
destinados, predestinados, que é a nossa felicidade. Quando veio a questão do
divórcio, havia uma algazarra, uma discussão tremenda em relação à questão do
divórcio - que o divórcio ia acabar com a família -, e nós vimos que isso não
tem nada a ver. O divórcio conseguiu avançar no sentido, e as pessoas - nem o
homem, muito menos a mulher, que era muito mais condicionada a este estigma
dentro de uma relação, de viver o resto da vida como mãe e não ter prazer, não
ter a sua vida própria, não ter a sua profissão...
Hoje nós avançamos
com essa questão dos homossexuais, dos GLBTTTS. Enfim, é toda uma luta
conquistada por esses segmentos e por homens e mulheres que acreditam numa
sociedade civilizatória, emblemática, sim, porque teremos que reaprender nossos
conceitos, mas felizes, também, por construir novos paradigmas, um sentido
diferenciado para a vida. E é nesse sentido, senhoras e senhores, que, enquanto
Líder da Bancada do PCdoB, trago aqui a opinião de que não estamos construindo
isso agora - porque pode parecer um modismo, ou porque foi aprovada por
magistrados -; é uma construção que nós fazemos há muito tempo. Nós dizíamos
neste microfone que as pessoas, se não compreendessem isso, estariam cometendo
um grande equívoco, porque as pessoas têm que saber respeitar o outro, porque o
que nós não toleramos é a corrupção; o que nós não toleramos é a criminalidade,
é o tóxico, a drogadição, é a questão da exploração sexual de crianças e
adolescentes. Isso nós não toleramos! Agora, a felicidade, ir ao encontro da
ternura, ir ao encontro daquilo que dá sentido à vida, isso nós temos que
louvar.
Portanto, Srª Presidente, fica aqui o louvor aos
votos unânimes do Supremo em relação a esse tema, lamentando por aqueles que
não aceitam ou por ignorância ou por falta de esclarecimento. Mas nós, Rogério,
estamos aqui; a Deputada Federal, agora Ministra dos Direitos Humanos, a Maria
do Rosário, provavelmente esteve lá; também a nossa Manuela, da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, louvando e lutando junto, para o
avanço da nossa legislação. Muito mais do que pela nossa legislação, lutando
por uma cultura de paz, de amor e pelas livres relações dos afetos, o que
transforma a vida num momento civilizatório. Essas são, Srª Presidente, as
manifestações desta Vereadora, que aqui fala como Líder do PCdoB e em nome de
todas aquelas pessoas que acreditam num mundo mais civilizado. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2454/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/10, de autoria do
Ver. Airto Ferronato, que
cria o Polo Educacional do Centro Histórico de Porto Alegre e dá outras
providências.
PROC.
Nº 1353/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 037/11, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Celito De Grandi.
PROC.
Nº 1451/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/11, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que
denomina Rua Hélio Carlomagno o logradouro público cadastrado conhecido como
Acesso E – Trevo Ipiranga-Salvador –, localizado no Bairro Jardim Botânico.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0587/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 006/11, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que
institui o Dia do Bota-Fora, inclui art. 61-A na Lei Complementar nº 234, de 10
de outubro de 1990, e alterações posteriores, e art. 27-A na Lei nº 10.847, de
9 de março de 2010, e dá outras providências.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com palavra para
discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
hoje, por coincidência, o Ver. Airto Ferronato encontra-se em representação,
então, obviamente, não se encontra na Casa neste momento, o que, de certa
forma, poderia me constranger de me manifestar sobre um Projeto de sua autoria,
cuja tramitação começa a se desdobrar aqui na Casa. Com efeito, o Ver. Airto
Ferronato ingressou com um Projeto de Lei na Casa que cria o Polo Educacional
do Centro Histórico de Porto Alegre e dá outras providências. Esse Projeto,
como todos os outros, já mereceu uma análise prévia por parte da Procuradoria
da Casa e agora tramita na Pauta, sofre a discussão preliminar e será
encaminhado às Comissões, para a análise ser aprofundada.
O
Parecer Prévio, mais ou menos estereotipado, da lavra do Procurador Claudio
Roberto Velasquez, faz uma ressalva, Ver. Tessaro, que ocorre em vários
projetos, quando ele diz (Lê.): “De ressalvar, apenas, que o conteúdo normativo
do artigo 3º do projeto de lei, por consubstanciar imposição de obrigações ao
Poder Executivo, vênia concedida atrai violação ao princípio da independência
dos poderes (CF, art. 2º)”. Em verdade, o art. 3º, mencionado no Parecer
Prévio, de forma objetiva, estabelece (Lê.): “O Executivo Municipal, em
conjunto com as instituições de ensino referidas no art. 1º desta Lei,
planejará ações e definirá prioridades, visando à implementação de equipamentos
públicos no Polo Educacional do Centro Histórico de Porto Alegre,
principalmente em relação aos seguintes aspectos: I – iluminação pública; II –
segurança, envolvendo policiamento e videomonitoramento; III – áreas para
estacionamento; e IV – transporte coletivo”.
Ora, estabelece-se aqui,
para este Vereador, uma clara e quase insuperável dificuldade. Eu moro
no Centro de Porto Alegre. No entorno da minha residência, sem favor nenhum,
encontram-se várias faculdades e inúmeras escolas, a começar pela Associação
Cristã de Moços, que breve iremos homenagear aqui na Casa e que se encontra ao
lado da minha residência. Fora isso, a Faculdade do Senac encontra-se em frente
à minha residência e, à esquerda, há mais uma faculdade, essa do Ministério
Público. Então, eu não tenho dúvida nenhuma de que estão convergindo, Ver.
Mario Fraga, para o Centro de Porto Alegre, várias instituições educacionais,
como as aqui referidas e as outras tantas elencadas pelo Ver. Airto Ferronato.
Agora, a dificuldade é clarear melhor o art. 3º. O Ver. Ferronato já contestou
o Parecer Prévio - não vou lê-lo agora, porque é um pouco extenso, eu ficaria
sem tempo para continuar no meu raciocínio -, que, obviamente, vai merecer de
nós, especialmente daqueles que integram a Comissão de Constituição e Justiça
da Casa, uma análise mais aprofundada num momento apropriado.
É evidente que a gente gostaria que pudesse
prosperar um Projeto dessa ordem, porque é cheio de bons propósitos, de retas
intenções. O Ver. Mario Fraga gostaria muito de poder fazer um Projeto de Lei,
criando, no bairro Belém Novo, um núcleo educacional, uma plataforma
empresarial, ou qualquer coisa que ele pudesse fazer para sustentar mais ainda
as suas raízes naquele bairro, que o viu nascer e o sustenta politicamente. Sem
dúvida nenhuma, Ver. Toni, eu gostaria de fazer algo pela... Ora, se podemos
fazer em Belém Novo, no Centro, por que não na Restinga, com as 80 mil pessoas que
moram naquele bairro, onde existem várias escolas, onde o próprio IPA, uma
universidade metodista, e as Dores também já fizeram algumas experiências
naquele sentido?
Então, eu quero acentuar primeiro a alta
sensibilidade e qualificação do Projeto proposto pelo Ver. Ferronato, a quem eu
dedico um carinho muito especial. Segundo, a necessidade de nós partirmos para
alguns exames aprofundados e proposições assemelhadas a esta, procurando
ajustar uma forma legal de elas tramitarem. Porque, indiscutivelmente, a
prevalecerem as disposições hoje vigorantes - e elas residem, inclusive, na
Constituição Federal -, é quase que impossível a gente oferecer uma legalidade
a um Projeto com esse princípio, com esse objetivo e com esse jaez. Por isso,
Sr. Presidente, fica aqui este registro muito preliminar, como é preliminar o
momento: discussão preliminar de Pauta. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol.
Quero comunicar às Sras Vereadoras e
aos Srs. Vereadores que daqui a cinco minutos sairá uma comitiva aqui da Câmara
até o Tribunal Regional do Trabalho, para entregar o documento que foi assinado
pelos Vereadores nesta tarde, ofício de apoio aos funcionários da Oi.
O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. DJ Cassiá; inscrevo-me no período de discussão
preliminar de Pauta, em que temos três Projetos em 1ª Sessão e um Projeto, de
minha autoria, em 2ª Sessão. O primeiro, do Ver. Airto Ferronato, cria o Polo
Educacional do Centro Histórico de Porto Alegre; o segundo, do Ver. João
Antonio Dib, concede o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Celito De
Grandi; o terceiro, do Ver. Elói Guimarães, determina o nome de uma rua da
Cidade; e o quarto, em 2ª Sessão, deste Vereador, institui o Dia do Bota-Fora
em Porto Alegre. E eu queria fazer algumas considerações sobre esse Projeto de
Lei.
Ora, quando nós andamos pela Cidade, todos nós que
diariamente andamos muito em Porto Alegre, percebemos que o lixo é um problema
para a Cidade, principalmente quando ele não é coletado nos dias agendados, ou
até mesmo quando o DMLU não consegue suportar a demanda existente, e, mais do que isso, o lixo se torna um problema muito mais sério quando
o descarte desse lixo é de utensílios domésticos, como, por exemplo, sofás,
geladeiras, enfim, tantos outros instrumentos que são jogados ao vento e que
não são recolhidos. Quanto ao Dia do Bota-Fora, é importante esclarecer aqui os
colegas Vereadores e também os cidadãos e as cidadãs que estão nos
acompanhando, este Vereador procurou dizer o seguinte (Lê.): “Fica instituído o
Dia do Bota-Fora, que acontecerá uma vez ao mês, em cada uma das regiões do
Orçamento Participativo” - são 17 regiões do OP - “com o fim de possibilitar à
população o descarte de objetos em desuso ou danificados no passeio público.”
Aí o texto segue com as descrições desses objetos (Lê.): “Para os fins desta
Lei Complementar, consideram-se objetos brinquedos, calçados, colchões,
eletrodomésticos, móveis, roupas, sobras de materiais de construção e
utensílios domésticos em geral [...].”
Às vezes, ao andarmos
pela Cidade em dias de chuva constante, percebemos no Dilúvio Ipiranga - e quem
não conhece o Dilúvio Ipiranga aqui em Porto Alegre? -, alguns eletrodomésticos
boiando, Ver. Mario Fraga. Podemos dizer ao cidadão que, a partir de então -
até é uma questão educacional e também de saúde, o DMLU já faz isto em algumas
regiões da Cidade -, ele vai ter um dia no mês em que poderá se livrar ou
descartar esse material que está em desuso, como a carcaça de uma geladeira, de
um eletrodoméstico e - por que não? - de um carro, pneus, assim por diante. Eu
acredito que o Poder Público vai possibilitar, através do DMLU - que já faz um
bom trabalho na Cidade -, também nas regiões do OP, nas 17 Regiões, um
calendário, que divulgará a data da coleta, Ver. Tessaro, para aquela
comunidade, com carro naquela semana. Ou divulgará com um folheto, ou com um
cartaz na sua associação, até mesmo nas próprias Regiões de discussão do OP;
distribuirá esse calendário de coleta desses materiais descartáveis, vamos
dizer assim, que o cidadão não quer mais. Vamos evitar, então, muitas coisas,
como, por exemplo, a proliferação da dengue, o trancamento de bocas de lobo em
dias de chuva, porque esse material mais volumoso, na verdade, acaba trancando
a boca de lobo e, em dias de chuva, dificulta o transcurso das águas.
Então, nesse sentido,
eu creio que é um projeto educativo que vem ao encontro das
necessidades da nossa Cidade. Por isso é que eu estou pedindo a colaboração dos
colegas Vereadores, para, se for necessário, fazer Emendas, aperfeiçoá-lo. Com
certeza, sei que tenho a sensibilidade dos colegas Vereadores, como também já
conversei com muitos cidadãos, participei de muitas reuniões de associações,
inclusive, que pediram que legalmente haja um dia para eles não serem multados,
porque, hoje, o cidadão que descarta o seu material no passeio ou em algum
lugar acaba sendo multado pelo DMLU. A partir de então, estaremos legitimando o
descarte um dia por mês nessas regiões, o que possibilitará, através da coleta
do DMLU, um calendário organizado por ele mesmo. Então, peço o apoio e a
sensibilidade dos colegas Vereadores não só para discutir, mas para trabalhar a
ideia de aperfeiçoar o Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Cumpridas todas as etapas do dia de hoje, dou por
encerrada esta Sessão.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h14min.)
* * * * *